Foi com a guerra cambial, protagozizada por EUA/CHINA, ocupando as manchetes dos jornais, que ocorreu, já tem alguns dias, a última reunião do G20 na Coréia do Sul, na qual Dilma participou pela primeira vez como Chefe de Estado. Como já era previsto, as discussões sobre uma solução consensual para o problema cambial dominaram o encontro das vinte maiores economias do Globo Terrestre, que juntas, respondem por 85% do PIB mundial. Não houve supresa alguma; tivemos mais uma vez os yankees jogando seus problemas nas costas dos outros, com suas típicas ações unilaterais, não medindo, ou ignorando, as consequências de seus atos em outros países.
Vale lembrar, que na década de 80 existiu um conflito de interesses parecido com esse que estamos vendo atualmente, mas, naquela época tinhamos grandes diferenças: os EUA enfrentavam o Japão, e não um gigante de fato, como a China; outro fator a ser considerado: é que o G20 era então G7; e hoje, inegávelmente, os americanos tem seu poder de influência enfraquecido. Devemos lembrar, também, que naquela situação, o Japão cedeu demais, em consequência disso, mergulhou em grave crise nos anos 90. Enfim, já era do conhecimento de todos que os chineses não iriam ceder as pretensões do Tio San. O mundo globalizado não é cooperativista, mas sim, competitivista. Os EUA almejavam uma solução para dois dias, a China pedia quatro anos para tal solução; tivemos um diálogo de surdos no G20.
No mais, os americanos continuam agonizando, com sua economia nocauteada; ainda estão mergulhados em uma crise bancária, e outra imobiliária, o país está com alto número de desemprego, e com seu consumidor interno desconfiado. A solução para nossos irmãos do norte é exportar, e farão o que for preciso pra isso. Uma das medidas adotadas, foi a de jogar 600 bilhões de dólares no mercado, e produzidos pelo Banco Central americano. Para venderem seus produtos para o exterior seguirão desvalorizando sua moeda. Tais medidas dificultam as exportações de países emergentes, como o Brasil, e ainda influênciam diretamnete na economia desses. Lamentávelmente, muitos brasileiros sofrendo da "síndrome de vira-latas", não vem a entender que nossos interesses, em muitos casos, diferem dos de USA.
Felizmente, ao contrário de dez anos atrás, quando 25% de nossas exportações eram para USA, hoje não temos com o que nos preocupar. Atualmente temos uma economia estável; a situação fiscal e muito melhor que a dez anos atrás. Nosso país está de fato estabilizado econômicamente. Vale também lembrar que nosso maior freguês, pra quem mais exportamos, é a China, com sua população de 600 milhões de habitantes, e a necessidade de manter seu PIB com um crescimento de 07% ao ano. Não dependemos mais dos EUA.
O Brasil agora deve investir em INFRA-ESTRUTURA (setor que tem sofrido imenso descaso desde a criação da República; amenizado durante o governo petista), ferroviária, rodoviária, hidroviária, e aeroviária. Esses investimentos se fazem de fundamental importância, tendo em vista que essa crise, tão abordada no G20, em nada afetará nosso grande crescimento que está por vir nos próximos cinco anos.
O G20 foi criado em 1999, o Grupo dos 20 reúne os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais de 19 países: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia, representada no grupo pelo presidência rotativa de seu Conselho e pelo Banco Central Europeu. A próxima reunião desse grupos erá na França.
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