sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ESQUERDA X DIREITA. Um olhar esquerdista atualizado... livre da utopia e marginalização

Primeiramente, antes de mais nada, devemos ter em mente que para fazer uma bebate sério sobre esse tema é preciso partir de uma premissa que, na conjuntura atual com novas circunstâncias políticas e transitórias, existe a necessidade de descartar dógmas ultrapassados; é preciso abrir a mente e não esquecer que o Muro De Berlin já caiu a um bom tempo. isso vale, principalmente, para alguns ditos "esquerdistas"; esses tentam sustentar um ideário jurássico e marginalizado no imaginário das pessoas por propaganda da direita durante décadas.


Para entender o que é direita e esquerda, precisamos refletir sobre outros dois conceitos, intimamente ligados à primeira distinção, quais sejam, a igualdade e a "liberdade". Nos dias atuais, para a esquerda, a igualdade é mais importante que a tal "liberdade". Por isso, são bandeiras da esquerda as cotas nas universidades, os programas de bolsa-família, os movimentos sociais, e coisas do tipo. Ou seja: a esquerda prima mais pela diminuição da desigualdade através dos projetos sociais. A direita, por sua vez, considera a "liberdade" mais importante que a "igualdade". Estabelecendo assim um paradóxo, uma vez que são liberais no que diz respeito a economia... e conservadores no que diz respeito a costumes sociais. Por isso prima pelo direito de propriedade, o Estado reduzido, e uma suposta liberdade de imprensa. O candidato derrotado na última disputa à presidência da República, José Serra, um dia foi considerado um político de esquerda. Hoje não mais. O PSDB dá sua guinada à direita e é apoiado pela ala mais conservadora da sociedade. Dilma, por sua vez, foi a candidata de esquerda, e a representa, não só pela sua trajetória que se inicia na luta contra a ditadura, passando pela criação do PDT de Leonel Brizola, até a filiação ao PT e participação atuante no governo do Presidente Lula, mais sim e principalmente pelo fato de representar a continuidade desse governo, no que se refere à prioridade concedida aos projetos sociais. Ao eleitor coube a escolha: o que é mais importante, a igualdade ou a "liberdade"? Para mim e para todos os eleitores de Dilma (ainda que não tenham se dado conta disso), o bem maior a ser preservado é a igualdade, ou seja, optamos pelo projeto que coloca como medidas mais importantes e urgentes aquelas que visam à diminuição da desigualdade social. O voto em Dilma foi o voto da esquerda consciente, que se afasta da utopia e entende que, no momento histórico atual, não há possibilidade de superação do modo de produção capitalista. O capitalismo não deixa de ser o regime que promete igualdade a todos, quando na realidade essa igualdade é inalcançável, já que a desigualdade é elemento integrante do sistema. No entanto, esta desigualdade pode ser amenizada, com medidas que permitam o acesso dos menos favorecidos à educação, à moradia, à alimentação, etc. Projetos como o PROUNI, PRÓ-JOVEM(urbano, adolescente, trabalhador), Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos, ou o “Bolsa-família” eoutros mais, foram, e são, essenciais à diminuição da desigualdade social no Brasil. E a Naçaõ escolheu e quer a continuidade desse projeto.


Devemos sempre lembrar que durante a última disputa, o PSDB tentou o tempo inteiro enganar a população, entre tantas calúnias e criação de factóides, os Tucanos realizaram um PÍFIA tentativa de igualar os projetos políticos; tentaram personificar o pleito nas figuras de DILMA e SERRA; visando assim ludibriar o eleitor; a DIREITA foi covarde. Não assumiu seu caráter neo-liberal; mas o povo brasileiro não se permitiu ser enganado. O povo deu a resposta nas urnas com o voto solidário, o voto de ESQUERDA triunfou frente ao embuste da DIREITA NÉOLIBERAL.

Dentro do sistema capitalista que vivemos, um governo SOLIDÁRIO AOS DESFAVORECIDOS, poderá ser chamado de um GOVERNO DE ESQUERDA.


Ps> Créditos a Camarada Sônia Gomes. rs...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

GRANDE MÍDIA x MÍDIAS ALTERNATIVAS

Em um Domingo qualquer pela manhã quando acessei a internet visando acompanhar as notícias do dia, tal como faço de costume, não vi nada diferente do de sempre. Mas, um sequência de simples leituras ilustrou muito bem uma coisa mais de que certa, porém, uma coisa que alguns por desinteresse, inocência, ou desonestidade intelectual mesmo, ainda insistem em negar. Me refiro a atuação da Grande Mídia corporativista como um Partido Político e a Mídia Alternativa, em especial a Blogosfera, como algoz dessa. Vou expor agora a referida ilustradora sequência de simples leituras.

A Primeira foi um post sucinto no Facebook de Milton Temer: "Globo, partido político. Pois é. Está na coluna da Miriam Leitão algo que passa desapercebido mas tem que ser analisado mais seriamente. São os debates temáticos que Globo,CBN vêm organizando, não só no auditório da empresa como em espaços públicos, reunindo apenas uma corrente de pensamento - privatista e neoliberal. Depois, dão ampla cobertura e fica o fato valendo como "debate na sociedade". É fundamental que setores progressistas na academia e fora dela atentem e partam para o contraponto que desqualifique a falácia"

Em seguida, enquanto passava pela página virtual de O GLOBO, deparei-me com a primeira, de um série de reportagens anunciadas pelo jornal, que viriam diretamente de encontro a crítica exposta por Milton Temer. Seria algo sobre o tema PRIVATIZAÇÕES. O título da tal matéria era: "Empresas privatizadas já respondem por 25% da receita das companhias de capital aberto"

"RIO e VOLTA REDONDA - Com a venda da Usiminas, em outubro de 1991, o Brasil iniciava a era das privatizações, que mudou a cara da economia do país. Siderúrgicas, petroquímicas, ferrovias, empresas de energia elétrica e telefônicas estatais passaram às mãos da iniciativa privada. O pontapé inicial desse processo, inserido no conjunto de reformas econômicas promovidas pelo então presidente Fernando Collor de Mello, foi o Programa Nacional de Desestatização (PND), tocado pelo BNDES. Por um lado, o programa visava a enxugar o Estado, reduzindo sua intervenção na economia e liberando-o para atuar em áreas como saúde e educação, conforme o receituário mais liberal que dominou o mundo nos anos 90. Por outro, a venda de estatais era usada para abater dívida pública e, de quebra, recuperar a credibilidade do Brasil no exterior, manchada desde a moratória de 1987.


Desde que se livraram das amarras do governo, a maior parte das estatais privatizadas pisou no acelerador e cresceu. Os 20 maiores grupos ou empresas criados a partir das privatizações ou concessões à iniciativa privada nos últimos 20 anos já somavam R$ 300 bilhões em receita em 2010, ou 25% do faturamento das companhias de capital aberto do país. Em valor de mercado, eles respondem hoje por 20% do total - ou R$ 513,6 bilhões. Os dados foram levantados pelo GLOBO a partir de informações da consultoria Economatica e excluem empresas do setor financeiro ou seguradoras. Entre as firmas estão Vale, que lidera o ranking, a telefônica Oi e a Braskem, que, embora tenha sido criada em 2002, absorveu praticamente todas as pequenas petroquímicas que atuavam sob batuta estatal.


- O governo havia alavancado a indústria de base, mas não conseguia mais sustentá-la. Era necessário retirar esse ônus do Estado - diz Francisco Anuatti, economista da USP de Ribeirão Preto e autor de artigos sobre o processo de privatização. - A maior parte das empresas se tornou mais competitiva e eficiente.
A partir de hoje , O GLOBO publica uma série de reportagens sobre os 20 anos das privatizações, que se estenderá pelos próximos três domingos." O GLOBO



Pois bem, quando terminei a leitura da reportagem supracitada, imediatamente veio a minha mente o quanto Milton Temer estava correto em seu post, ao colocar a atuação das Organizações Globo como a de um PARTIDO POLÍTICO- não teria melhor exemplo de pensamento PRIVATISTA E NEOLIBERAL sendo propagado.

Em seguida, finalizando a ilustração do CONFLITO: GRANDE MÍDIA x MÍDIA ALTERNATIVAS;fui ao Blog do Brizola Neto (O TIJOLAÇO), onde o jovem parlamentar, assim como outros blogueiros, utiliza o espaço de seu Blog para rebater notícias de cunho falacioso, e nesse Domingo não foi diferente. Lá estava:

As contas da privatização

O Globo publica hoje matéria sobre os vinte anos de privatização de empresas estatais e diz que as empresas privatizadas responderam por um faturamento de R$ 3oo bilhões em 2010. A dólar de dezembro do ano passado, US$ 177 bilhões.
O total da receita com as privatizações, de 1991 a 2002, somou US$ 87,5 bilhões: US$ 59,5 bilhões em privatizações federais e US$ 28 bilhões em privatizações estaduais. Ou seja, metade do faturamento de um só ano destas empresas.
Diz o jornal que as empresas foram vendidas para reduzir o endividamento do Estado brasileiro. A dívida líquida do setor público no Brasil, em 1991, era de US$ 144 bilhões. Em 2002, com tudo que a privatização deveria ter “abatido” deste valor, era de US$ 300 bilhões.

Nem privatizar, nem dever, em si, são, em si, pecados. Vender mal, seja entregando o que é estratégico, seja fazendo isso na bacia das almas, por valores irrisórios, são. Dever, quando se paga juros módicos, pode ser o caminho para o desenvolvimento e o progresso. A juros extorsivos, porém, é apenas o caminho da escravidão ao rentismo.
A grande maioria das privatizações foi feita com financiamento público, com uma elevação brutal das tarifas cobradas nos servilos públicos, não se conservou participação do Estado nem para dirigir estrategicamente as suas atividades, nem para participar dos lucros que produziam.
Estamos pagando caro, muito caro, e ainda pagaremos por muitos anos por este período de vergonha da história brasileira.

Não foi uma estratégia, foi uma liquidação, uma entrega desavergonhada do que pertencia ao povo brasileiro.


Enfim, a olhos mais desatentos, ou desinteressados, pode não parecer nada demais, porém, essa série de pequenos acontecimentos mostra muito bem por qual motivo a Grande Mídia não gosta da Blogosfera. Afinal, quem mais poderia oferecer um contraponto a FALÁCIAS DO PIG?

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Povo Palestino Tem o Direito de Ter o seu Próprio Estado, Livre, Democrático e Soberano! Estado da Palestina Já!

Enquanto o povo palestino vem insistindo por uma paz justa para o conflito, os sucessivos governos israelenses continuam não cumprindo as inúmeras resoluções da ONU, negando-se a negociar a paz com a retirada de suas tropas dos territórios palestinos ocupados.

Além disso, prosseguem na construção de assentamentos israelenses em territórios palestinos. Mantêm nos cárceres mais de oito mil presos políticos, reprimindo violentamente as manifestações pacíficas de palestinos e israelenses que defendem a criação do Estado da Palestina em solo pátrio. Seguem com a construção do muro do apartheid ou muro da vergonha – que foi declarado ilegal pelo Tribunal Internacional de Justiça – um muro que hoje já tem cerca de 750 km de extensão, e que proíbe a livre circulação de pessoas e produtos entre as cidades e vilas palestinas e confisca vastas áreas agrícolas dos palestinos.

Em setembro deste ano, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reconhecida internacionalmente como única e legítima representante do povo palestino, irá solicitar da ONU a aprovação do Estado da Palestina como membro pleno desta organização, tendo como fronteiras as linhas de 1967 e compreendendo a Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental como Capital.

Caberá a ONU, com base no direito internacional e em suas próprias resoluções, (em especial a 181, de 1947, que reconhece o Estado da Palestina) ratificar e admitir o Estado da Palestina como membro pleno.

Uma paz justa e duradoura pressupõe a criação, de fato, do Estado da Palestina, e a inclusão deste como membro pleno da ONU, com todos os direitos e deveres que tal decisão implica. O reconhecimento de um Estado palestino soberano, baseado no fim da ocupação, na erradicação dos assentamentos e no retorno dos refugiados, de acordo com as próprias resoluções da ONU, atende aos interesses fundamentais dos povos da região.

Apoiaremos as mobilizações populares d@s palestin@s que lutam contra o governo antidemocrático de Israel. Nós, militantes de organizações representativas do povo brasileiro, afirmamos: apoiar o povo palestino é apoiar todos os povos em sua caminhada de paz, justiça e liberdade!

Ouçam as vozes do povo brasileiro: Estado da Palestina Já!

Instituições e Organizações Nacionais Brasileiras: Partido dos Trabalhadores – PT; Partido Comunista do Brasil – PCdoB; Partido Socialista Brasileiro – PSB; Partido Pátria Livre – PPL; Central Única dos Trabalhadores – CUT; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB; Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB; Força Sindical – FS; União Geral dos Trabalhadores – UGT; Nova Central Sindical dos Trabalhadores – NCST; Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes – OCLAE; União Nacional dos Estudantes – UNE; União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES; União da Juventude Socialista – UJS; Federação Democrática Internacional de Mulheres – FDIM; Marcha Mundial de Mulheres – MMM; União Brasileira de Mulheres – UBM; Confederação das Mulheres do Brasil – CMB; União de Negros pela Igualdade – UNEGRO; Congresso Nacional Afro-Brasileiro – CNAB; Movimento Negro Unificado – MNU; Confederação Nacional das Associações de Moradores – CONAM; Conselho Mundial da Paz – CMP; Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz – Cebrapaz; Federação das Entidades Árabes – FEARAB (das Américas, do Brasil e de SP); Federação Árabe-Palestina do Brasil – FEPAL;

Outras Entidades e Instituições da Campanha: Associação Beneficente Islâmica do Brasil – ABIB (Mesquita do Brás); Instituto Brasileiro de Estudos Islâmicos – IBEI; Instituto Jerusalém do Brasil – IJB; Sociedade Palestina de São Paulo; Movimento El Marada no Brasil; Movimento Patriótico Livre – MPL (Líbano); Portal Arabesq; Jornal Al Nur Gazeta Árabe Brasileira; Revista Sawtak; Portal Vermelho; Sempre Viva Organização Feminista – SOF; Centro Feminista “8 de Março”; União Estadual dos Estudantes de SP – UEE/SP; União Paulista dos Estudantes Secundaristas – UPES; Centro de Memória da Juventude – CEMJ; Associação Nacional de Pós-Graduação – ANPG; Grupo Kilombagem; Nação Hip Hop; Sindicato dos Radialistas do Estado de SP.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

POR ISSO VOTEI NO PT.

Votei no PT porque adoro ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O povo está comprando demais. É tanto supermercado de "baixa renda" espalhado pra todo lado.

O salário dos pobres aumentou, e por lei foi garantido que continue aumentando... junto as possibilidades, aliás, agora quase qualquer um pode comprar, carne, queijo, presunto, hambúrguer, iogurte, e etc...

Gosto muito dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, o povo todo vai para a noite. Adoro isso.

Maravilhoso ir ao Shopping e ver o povo comprando... e todos seus celulares, MP4, câmera digital e demais "aparelinhos". Sim! O poder de compra do brasileiro aumentou.

Esse governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou coisa de quase qualquer um. O filho da manicure, pedreiro, catador de papel, agora navega... isso é uma maravilha. Salvo para os elitistas, os de alma burguesa, esses estão cortando os pulsos de tanta dor-de-cotovelo.


Hoje os estacionamentos estão sem vaga. Agora quase todo mundo tem carro, a doméstica, o gari, o camelô, e etc.... "É uma coisa ótima!", Ainda bem que o PSDB não venceu. Com o Serra os congestionamentos iriam acabar, porque como em S. Paulo, iria instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km e cobrar caro.


Sem contar, que amo os aeroportos lotados, com o povo todo cruzando o país de avião. Pena que nossos aeroportos ficaram tanto tempo no abandono na gestão Tucana. Aliás, também não quero mais saber de aumento da gasolina na calada da noite.


Gostei também dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. Tem caseiro de sítio virando "empreendedor" no Nordeste. Isso é demais.


Amo o Bolsa Família, adoro a distribuição de renda. O dinheiro não sendo utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo, SBT, Band, RedeTV, CNT, Folha SP, Estadão etc.). A "Veja" passando dificuldade e o governo distribuindo renda pelo país a dentro, alimentando miseráveis em Pernambuco, no nordeste inteiro, e em todo o Brasil. É uma maravilha. Vamos erradicar a miséria desse país.


Adoro essa história de PROUNI, que bota os sem berço na universidade. Até índio agora vira médico e advogado. É gratificante...



Outra coisa boa é essa história de Luz para Todos. O povo todo agora, pode assistir TV até tarde. Parabéns aos petistas. Um especial pro seu Lula...


É fantástica essa de facilitar a construção e a compra da casa própria (73% da população, hoje, tem casa própria, segundo pesquisas recentes do IBGE). Nada como realizar o sonho da casa própria.


Também amei o fim da relação de subserviência do Brasil com as grandes potências. Hoje somos um Gigante soberano. Resgatamos até a indústria Naval, essa quase foi extinta no vassálo governo tucano.


Outro motivo que votei no PT foi porque adorei o Itamar franco desmentindo o José Tucano em rede nacional sobre a criação dos genéricos.


Aliás, esses tucanalhas nuncca me convenceram, nem a mim, nem ao povo brasileiro de que FHC era o responsável pelos avanços conquistados pelo Brasil na era Petista, afinal, não é a toa que não fez o seu sucessor. E sem contar que são mestres em programas pilotos, cansei disso. Quero programas sociais que atendam de fato a população, enão fiquem apenas como programas factóides.


Não votei nos tucanos. Não votei no Serra. Não votei neles, e nem vou votar, tudo porque não quero de volta as emoções fortes do governo de FHC, não quero ver gente investindo no dólar em disparada e me aproveitar a inflação (isso é egoísmo). Não quero ver gente investindo em ações de Estatais quase de graça e vendendo com altos lucros (isso é roubar o país na surdina).



Amo essa coisa de cooperação. E abomino essa história de que o motor da vida é a disputa, o risco...


Detesto isso de quem pode: pode; quem não pode: se sacode. Acho um saco essa coisa de que no capitalismo vence quem tem mais competência. Que é o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem é superior e quem é inferior. Odeio isso.



Votei no PT porque quero ver o povo brasileiro feliz, e uma sociedade mais justa e igualitária. Votei no PT pelo fato de que quero ver todos, ao menos, com o direito de sonhar.



Enfim, por isso tudo e muito mais votei no PT.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Líbia e o Neoimperialismo.

A tão propagada Tomada de Trípoli por rebeldes líbios _ Leia-se tomada de Trípoli por forças militares estrangeiras (OTAN). Na verdade foi uma tomada de Partido das potências Ocidentais em uma GUERRA CIVIL. Milícias armadas ganharam nome de "rebeldes"; instaurou-se o caos em uma nação (que contava com o maior IDH africano, até então, e de maior desenvolvimento social); um líder legítimado por seu povo (por mais estranho que nos pareça) foi "derrubado" (ao menos dizem), colocou-se vassálos travestidos de revolucionários no poder, usurpa-se mais um país árabe em nome dos interesses do Ocidente _ leia-se EUA e aliados. Isso tudo foi o que a ORGANIZAÇÃO TERRORISTA DO ATLÂNTICO NORTE fez na LÍBIA. Mais uma vez o extremismo vence, o povo toma um banho de sangue, e a população da região é a maior perdedora.



Os últimos movimentos no Oriente Médio estão repletos de jogos políticos de poder, e nada diferente disso, não se é mais possível acreditar em "prima-vera árabe", aquelas manifestações que começaram com animador espírito revolucionário foram tomadas de assalto pelo Imperialismo Ocidental e a Al Qaeda, esses, não fazem outra coisa, senão, inventar guerras e exportar extremismo, em um negócio genocida, porém, bem lucrativo para aqueles que visam dominar o Globo Terrestre. As potências Ocidentais, através de seu braço ideológico (Grande Mídia Subserviente) e com todo seu aparato militar a disposição (desde OTAN até ditaduras amigas - vide o Reino Saudita) converteram movimentos populares em jogos de interesses Imperialistas



Para os ocidentais livres só resta a vergonha por assistirem de forma passiva a crimes contra humanidade travestidos de ações humanitárias, aliás, esse é o novo rosto do imperialismo, ele agora vem maquiado de humanismo, foi assim no Iraque, Afeganestão, e agora na Líbia. É o NeoImperialismo tirando vidas sob a pseudo-perrogativa de "salvar". Ademais, vale lembrar que se as ações dos neocolonizadores (EUA e aliados) fossem dotadas de qualquer interesse humanitário a Palestina já seria livre, mas, isso não acontece. Israel segue violando direitos humanos com seu Holocausto palestino, DITADORES PARCEIROS seguem livremente no poder_ vide Árábia Saudita. No Chifre da África as pessoas seguem morrendo de fome. Enfim, a incoerÊncia grita no discurso das Potências Globais. A humanidade atenta resta apenas lamentar pelas vitímas, a essas, resta apenas dor e sofrimento. Enquanto isso tudo segue muito bem engendrado, de acordo com a vontade de Wall Street.



Ainda em tempo, triste também é ver parte da esquerda comemorando tudo isso.

domingo, 21 de agosto de 2011

A ELITE DECADENTE, SUAS BASES, E O NOVO BRASIL.

Ficar com a bunda sentada na cadeira destilando ódio, inveja e preconceito, atualmente parece o "esporte" favorito de uma decadente elite brasileira e suas bases, esta formada por gente de alma burguesa e aspirantes a "bugueses factuais", sofrem de síndrome de vira-latas, e dor-de-cotovelo agonizante, sem qualquer identidade nacional. Tudo pelo fato de novos personagens, antes mantidos as margens, estarem agora no protagonismo da história do Brasil.



A verdade é que eles são providos de imenso descaso popular, e não suportam a idéia de dividir espaços com os antes "marginalizados"; detesstam circular pelo Shopping Center e esbarrar com a Faxineira e o Gari, nos Aeroportos então, nem se fala, quanto mais ver seus filhos ao lado do filho do motorista na Uiniversidade, filho de Pedreiro virar Doutor? Isso nem pensar. Eles não gostam de povo.
Lula, o Presidente Operário, é o algoz dessa gente. Já não bastasse, tiveram que aceitar uma Presidenta, a essa apelidaram de "guerrilheira", porém, pra infelicidade deles, o que tentam denegrir de forma leviana, é cada vez mais acolhido nos braços do povo brasileiro.



Arnaldo Jabor, Diogo Mainardi, Miriam Leitão, Merval Pereira, Eliane Catanhêde, e outros asseclas dessa tal elite decadente, a serviço de seus patrões, terão muito tempo para verbalizar os anseios dessa gente, a grande mídia é seu braço ideológico, a trasformaram em um Partido Político, o PIG (Partido Imprensa Golpista). E Terão muito tempo pelo fato de que, enquanto seguem destilando seu veneno, com ódio nas entranhas, enquanto isso, os antes "marginais" seguem trabalhando, o país distribuindo renda, desenvolvendo socialmente de forma exemplar, o Brasil segue avançando, com vasto reconhecimento internacional (deixando os vassálos do Tio San em polvorosa), e pra maior infelicidade dessa gente, o povo sente resultado dentro de suas casas, em suas vidas, segue satisfeito, logo, reconhece o trabalho a cada quatro anos, quando vai as urnas.



Essa gente elitista, burguesa na alma, pode chorar, se debater, agonizar com seu ego ferido, pois, aquela nação injusta, neocolonial, neoglobalizado, e velhista, essa ficou pra trás. Deu lugar a um Brasil novo com personagens históricos novos, que antes eram sempre mantidos à margem, e que agora vem despontando, enérgicamente, para construir um Brasil ainda nunca visto antes. Agora até se combate a corrupção.

Estamos construindo uma Nação igualitária, onde todos devem ter, ao menos, o direito de sonhar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Os Estados Unidos em decadência

A supremacia do poder corporativo sobre a política e a sociedade nos EUA chegou ao grau de que as formações políticas, que nesta etapa apenas se parecem com os partidos tradicionais, estão muito mais à direita da população nos principais temas em debate. Para o povo, a principal preocupação interna é o desemprego. Mas, para as instituições financeiras, a principal preocupação é o déficit. Ao triturar os restos da democracia política, as instituições financeiras estão lançando as bases para fazer avançar ainda mais este processo letal, enquanto suas vítimas parecem dispostas a sofrer em silêncio. O artigo é de Noam Chomsky.

por Noam Chosmky, em La Jornada, via VI O MUNDO.

É um tema comum que os Estados Unidos, que há apenas alguns anos era visto como um colosso que percorreria o mundo com um poder sem paralelo e um atrativo sem igual (…) estão em decadência, enfrentando atualmente a perspectiva de uma deterioração definitiva, assinala Giacomo Chiozza, no número atual de Political Science Quarterly.

A crença neste tema, efetivamente, está muito difundida. Em com certa razão, se bem que seja o caso de fazer algumas precisões. Para começar, a decadência tem sido constante desde o ponto culminante do poderio dos EUA, logo após a Segunda Guerra Mundial, e o notável triunfalismo dos anos 90, depois da Guerra do Golfo, foi basicamente um autoengano.

Outro tema comum, ao menos entre aqueles que não ficaram cegos deliberadamente, é que a decadência dos EUA, em grande medida, é auto-inflingida. A ópera bufa que vimos este verão em Washington, que desgostou o país e deixou o mundo perplexo, pode não ter comparação nos anais da democracia parlamentar. O espetáculo inclusive está chegando a assustar aos patrocinadores desta paródia. Agora, preocupa ao poder corporativo que os extremistas que ajudou a por no Congresso de fato derrubem o edifício do qual depende sua própria riqueza e seus privilégios, o poderoso estado-babá que atende a seus interesses.

A supremacia do poder corporativo sobre a política e a sociedade – basicamente financeira – chegou ao grau de que as formações políticas, que nesta etapa apenas se parecem com os partidos tradicionais, estão muito mais à direita da população nos principais temas em debate.

Para o povo, a principal preocupação interna é o desemprego. Nas circunstâncias atuais, esta crise pode ser superada só mediante um significativo estímulo do governo, muito mais além do que foi o mais recente, que apenas fez coincidir a deterioração no gasto estatal e local, ainda que essa iniciativa tão limitada provavelmente tenha salvado milhões de empregos.

Mas, para as instituições financeiras, a principal preocupação é o déficit. Assim, só o déficit está em discussão. Uma grande maioria da população está a favor de abordar o problema do déficit taxando os muito ricos (72%, com 27% contra), segundo uma pesquisa do The Washington Post e da ABC News. Fazer cortes nos programas de atenção médica conta com a oposição de uma esmagadora maioria (69% no caso do Medicaid, 78% no caso do Medicare). O resultado provável, porém, é o oposto.

O Programa sobre Atitudes de Política Internacional (PIPA) investigou como a população eliminaria o déficit. Steven Kull, diretor do PIPA, afirma: É evidente que, tanto o governo como a Câmara (de Representantes) dirigida pelos republicanos, estão fora de sintonia com os valores e as prioridades da população no que diz respeito ao orçamento”.

A pesquisa ilustra a profunda divisão: a maior diferença no gasto é que o povo apoia cortes profundos no gasto militar, enquanto que o governo e a Câmara de Representantes propõem aumentos modestos. O povo também defende aumentar o gasto na capacitação para o trabalho, na educação e no combate à poluição em maior medida que o governo ou a Câmara.

O acordo final – ou, mais precisamente, a capitulação ante à extrema direita – é o oposto em todos os sentidos, e quase com toda certeza provocará um crescimento mais lento e danos de longo prazo para todos, menos para os ricos e as corporações, que gozam de benefícios sem precedentes.

Nem sequer se discutiu que o déficit poderia ser eliminado se, como demonstrou o economista Dean Baker, se substituísse o sistema disfuncional de atenção médica privada dos EUA por um semelhante ao de outras sociedades industrializadas, que tem a metade do custo per capita e obtém resultados médicos equivalentes ou melhores.

As instituições financeiras e as grandes companhias farmacêuticas são demasiado poderosas para que sequer se analisem tais opções, ainda que a ideia dificilmente pareça utópica. Fora da agenda por razões similares também se encontram outras opções economicamente sensatas, como a do imposto às pequenas transações financeiras.

Entretanto, Wall Street recebe regularmente generosos presentes. O Comitê de Atribuições da Câmara de Representantes cortou o orçamento da Comissão de Títulos e Bolsa, a principal barreira contra a fraude financeira. E é pouco provável que sobreviva intacta a Agência de Proteção ao Consumidor.

O Congresso brande outras armas em sua batalha contra as gerações futuras. Apoiada pela oposição republicana à proteção ambiental, a importante companhia de eletricidade American Eletric Power arquivou o principal esforço do país para captar o dióxido de carbono de uma planta atualmente impulsionada por carvão, o que significou um forte golpe às campanhas para reduzir as emissões causadoras do aquecimento global, informou o The New York Times.

Esses golpes auto-aplicados, ainda que sejam cada vez mais potentes, não são uma inovação recente. Datam dos anos 70, quando a política econômica nacional sofreu importantes transformações, que puseram fim ao que se costuma chamar de “época de ouro” do capitalismo de Estado.

Dois importantes elementos desse processo foram a financeirização (o deslocamento das preferências de investimento, da produção industrial para as finanças, os seguros e os bens imobiliários) e a externalização da produção. O triunfo ideológico das doutrinas de livre mercado, muito seletivo como sempre, desferiu mais alguns golpes, que se traduziram em desregulação, regras de administração corporativa que condicionavam as enormes recompensas aos diretores gerais com os benefícios de curto prazo e outras decisões políticas similares.

A concentração resultante da riqueza produz maior poder político, acelerando um círculo vicioso que aportou uma riqueza extraordinária para 1% da população, basicamente diretores gerais de grandes corporações, gerentes de fundos de garantia e similares, enquanto que a maioria das receitas reais praticamente estancou.

Ao mesmo tempo, o custo das eleições disparou para as nuvens, fazendo com que os dois partidos tivessem que escavar mais fundo os bolsos das corporações. O que restava de democracia política foi solapado ainda mais quando ambos partidos recorreram ao leilão de postos diretivos no Congresso, como apontou o economista Thomas Ferguson, no The Financial Times.

Os principais partidos políticos adotaram uma prática das grandes empresas varejistas, como Walmart, Best Buy e Target, escreve Ferguson. Caso único nas legislaturas do mundo desenvolvido, os partidos estadunidenses no Congresso colocam preço em postos chave no processo legislativo. Os legisladores que conseguem mais fundos ao partido são os que indicam os nomes para esses postos.

O resultado, segundo Ferguson, é que os debates se baseiam fortemente na repetição interminável de um punhado de consignas, aprovadas pelos blocos de investidores e grupos de interesse nacionais, dos quais depende a obtenção de recursos. E o país que se dane.

Antes do crack de 2007, do qual foram responsáveis em grande medida, as instituições financeiras posteriores à época de ouro tinham obtido um surpreendente poder econômico, multiplicando por mais de três sua participação nos lucros corporativos. Depois do crack, numerosos economistas começaram a investigar sua função em termos puramente econômicos. Robert Solow, prêmio Nobel de Economia, concluiu que seu efeito poderia ser negativo. Seu êxito aporta muito pouco ou nada à eficiência da economia real, enquanto seus desastres transferem a riqueza dos contribuintes ricos para o setor financeiro.

Ao triturar os restos da democracia política, as instituições financeiras estão lançando as bases para fazer avançar ainda mais este processo letal…enquanto suas vítimas parecem dispostas a sofrer em silêncio.

(*) Professor emérito de lingüística e filosofía do Instituto Tecnológico de Massachusetts. Seu livro mais recente é 9-11: Tenth Anniversary.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Uma nova Realidade nos EUA. O DECLÍNIO de um Império.

Durante décadas, parecia que os Estados Unidos eram de outro planeta. A economia sempre andava bem, as guerras serviam para gerar encomendas à indústria bélica, os déficits eram financiados por dólares aceitos avidamente pelo resto do mundo. Porém, agora os norte americanos colhem os amargos frutos da "guerra contra o terror". Pois é.


A verdade é que hoje uma outra realidade bate à porta dos Yankees. Atualmente, naquele país, podemos ver pais e professores, protestando contra cortes na educação; questionando a qualidade do ensino, e professores mostrando preocupação com seu emprego. Aliás, hoje o desemprego é uma triste realidade nos EUA. Pra se ter uma idéia, os mexicanos não querem mais o "sonho americano". Que coisa.


Alguns analistas afirmavam que o capitalismo é muito bom, mas, aplicado no ensino primário, gera uma busca pelo lucro incompatível com a necessidade de se prover boa educação para as crianças. Nossa! Até os planos de saúde da terra do Tio San estão com custos cada vez mais altos. Os abrigos pra sem-teto estão lotados. Que crise.


Esse tipo de problemas, que os EUA esdtão enfrentando, ocorre há anos em toda as Américas, do Sul e Central, no Leste Europeu, na Ásia e em quase todo o mundo. Agora, chegou a Washington.


Ademais, deve-se registrar que o Congresso norte americano permite como limite máximo da dívida pública de USA o montante de até 14,3 trilhões de dólares, que está estourado. O Departamento do Tesouro daquele país está sem saída, com o Presidente Obama mais perdido que cego em tiroteio. E com as eleições chegando, oposição e situação não chegam a um acordo. Certamente ocorrerá um corte de gastos. Enfim, o futuro do Tio San não é nada promissor.

Bom, será que os yankees saem dessa? Não sei. E como não sofro de síndrome de vira-latas, sei apenas que a nova realidade nos States não afeta nossa economia; isso pelo fato de que hoje o Brasil também tem uma nova realidade. E não mais somos dependentes deles.


Escrevi o texto acima no dia 24 de julho de 2011. Desde então, ouveram algumas movimentações nos bastidores do poder yankee e, consequentemente, global, pois bem, a conclusão que cheguei foi a de que o Tio San vai sair dessa, porém, com sequelas irreparáveis; por exemplo: seu crédito, por exemplo, nunca mais será o mesmo, assim como seus limites, o que quero dizer é que os americanos vão ter limites e, consequentemente, problemas comuns nos demais países do Globo terrestre. Enfim, ainda não será a queda do Império, mas, certamente, o início de seu declínio.


Fiz o breve comentário acima no dia 31 de julho de 2011, na iminência de um acordo entre republicanos e democratas para elevar o teto da dívida nos EUA. Pois bem, o acordo ocorreu. Em seguida, no dia 08 de agosto de 2011, tive a oportunidade de ter acesso a trechos de uma interessante entrevista de Maria da Conceição Tavares a Revista Carta Maior. Link: http://www.viomundo.com.br/politica/maria-da-conceicao-tavares-vivendo-a-treva-na-mao-dos-ultraliberais.html. E da tal entrevista destaco a seguinte parte: "MCT – As forças que se articularam na sociedade norte-americana, basicamente forças conservadoras, de um reacionarismo profundo, não em condições de produzir uma nova hegemonia propositiva. Claro, eles tem as armas de guerra. Não é pouco, como temos visto. Vão se impor assim por mais tempo. Mas daí não sai um novo hegemon. Vamos caminhar para um poder multilateral, negociado, sujeito a contrapesos que nos livrarão de coisas desse tipo, como a ascendência do Tea Party nos EUA. Uma minoria que irradia a treva para o mundo." Ela disse também: "Vivemos um colapso do neoliberalismo sob o tacão dos ultra-neoliberais: isso é a treva!”


Então... hoje, dia 09 de agosto de 2011, digo que a crise atual posta a nossa frente é diferente de tudo que vimos em nosso tempo, e será um marco histórico, reafirmo o início do declínio de um império. E ao contrário dos céticos, e todo terrorismo midiático que acompanhamos por esses dias de instabilidade Global, afirmo que nosso país não perderá nada com isso.

NEOCOLONIALISMO X DIREITO DE COMER

Enquanto os NEOCOLONIZADORES "investem" uma fortuna em sua nefasta REALPOLITIK no CONTINENTE AFRICANO que, sofre horrores, das mais variadas formas, em consequência da PREDATÓRIA COLONIZAÇÃO européia de outros tempos, enquanto isso, falta dinheiro pra salvar vidas. Aliás, enquanto falta dinheiro pra matar a fome, não falta pra MATAR PESSOAS, por exemplo: CRIMES DA OTAN na Líbia. Poderiamos citar vários outros exemplos de crimes financiados, ou ignorados (de forma escusa), pelo NEOCOLONIANISMO, isso apenas no Continente africano. Quem não se lembra de Ruanda? Enfim, o fato é que os problemas do Chifre da África que, atualmente vem sensibilizando pessoas em todo o mundo, e não poderia ser diferente, o fato é que esses problemas vão muito além da "Mãe Natureza". Não se resume ao "Deus da Chuva". Um outro fato é que os "novos cruzados", os "propagandistas" dos "Direitos Humanos", esses PSEUDOS-DEMOCRATAS que, levam o TERROR a países como Somália, Uganda, Etiópia, e etc... eles deveriam ao menos garantir o DIREITO DE COMER das pessoas, fazendo isso teriam um discurso menos falacioso, embusteiro. Afinal, é um DIREITO HUMANO COMER. Ao menos deveria ser.



Ps> E ainda tem brasileiro que tenta desqualificar a atuação do governo brasileiro no que diz respeito a combater a fome na África.

domingo, 24 de julho de 2011

Os verdadeiros PAIS DO TERROR.

Quem trouxe o terror para as ruas de Jerusalém? Quem iniciou o ciclo de destruição e caos? Quem é que explodiu com inocentes e edifícios? Quem é que assassinou soldados Britânicos, enquanto outros lutavam contra a ‘Alemanha Nazi’? O terror na Palestina só tem um pai: o Sionismo. Por vezes a passagem do tempo distorce a percepção, particularmente em casos em que a “correção política” impede que se analisem os fatos. É nesta categoria que podemos incluir a campanha de terror organizada por Avraham Stern, Yitzhak Shamir, Menachem Begin, e outros, no protetorado Britânico da Palestina. E fez-se valer o clichê de que OS TERRORISTAS de uns são os heróis de outros. Quando falamos da população judaica na Palestina, há a comum noção errada de que foi apenas após o final da II Guerra Mundial que a tal população começou surgir naquela terra em resultado da imigração proveniente da Europa arrasada pelo conflito global, e que isso, juntamente com as tentativas Britânicas para conter o fluxo levou à campanha Sionista pela independência. Isto não é verdade, e para analisarmos as raízes da campanha Sionista temos de olhar para o início do séc. XX. Em 1918 havia cerca de 50.000 judeus na Palestina, número esse que foi aumentando gradualmente até ao ponto de ter duplicado por volta de 1925. Em 1921, os Árabes palestinos pressionaram a Grã-Bretanha com o objetivo de obterem um governo representativo que lhes permitisse ter poder de veto sobre qualquer futura imigração judáica. E sentindo um descontentamento crescente entre os Árabes, perante um cenário de motins de rua em 1921/22, o Alto Comissário Britânico Sir Herbert Samuel ordenou a suspensão da imigração Judaica. Podemos imaginar a reação judia sionista. Falemos do Gang Stern Após a morte de Jabotinsky, em 1940 (sofreu um ataque cardíaco enquanto angariava fundos junto dos judeus de New York) a liderança da Irgun passou para um imigrante polaco chegado recentemente – Menachim Begin. Ao mesmo tempo o movimento dividiu-se, tendo os elementos mais brutais sob a liderança de Abraham Stern, formando aquilo que veio a ser conhecido como o ‘Gang Stern’. O Gang Stern acreditava que não devia haver qualquer limitação à expansão Sionista e tentou, imediatamente, forçar uma mudança de política assassinando oficiais Britânicos. O ódio de Avraham Stern pelos Britânicos era de tal ordem que os considerava um inimigo maior do que Hitler, e opunha-se a que judeus se alistassem para a guerra contra a Alemanha Nazi. Sentimento bizarro, mas que ajuda a compreender a ideologia de Stern. De fato, em Setembro de 1940, o Gang Stern entrou em negociações com Mussolini, através de um emissário, e em Janeiro de 1941 Stern enviou, pessoalmente, um agente a Beirute (controlada por Vichy) para entregar uma carta aos representantes do Reich. Foi também no Gang Stern que o futuro Primeiro Ministro de Israel, Yitzhak Shamir - adquiriu notoriedade, assumindo a liderança do grupo terrorista após a morte de Stern. O extremismo político de Stern, as tentativas de ligação com os Nazis, os assaltOs à mão-armada valeram-lhe o desprezo de grande parte dos Judeus. Os Britânicos intensificaram a sua ‘caça’ e capturaram-no num esconderijo em Tel Aviv, em 12 de Fevereiro de 1942, onde foi imediatamente fuzilado. Há uma palavra hebraica – MEKHABBEL – que descreve alguém que luta contra o Estado através de violência política. Por outras palavras: um terrorista. Stern, Shamir e os seus camaradas usavam esta distinção com grande orgulho. Parece que os terroristas não tinham problemas em assassinar os seus, para alcançar os objetivos nefastos. Em Novembro de 1940, a Haganah colocou explosivos no SS Patria no porto de Haifa. 270 imigrantes. Em 1942 os Sionistas usaram explosivos para afundar o SS Struma no mar Negro. Morreram 769 homens, mulheres, e crianças. Ambas as atrocidades foram atribuídas à imposição Britânica de quotas de imigração. O TERROR COMEÇA A "SÉRIO" A evolução do Macabro nacionalismo Sionista tinha levado a um ponto em que os radicais é que tinham o controle. E assim a matança começou. Em Novembro de 1942, os assassinos Eliyahu Hakim e Eliyahu Beit-Tzur, do Gang Stern, viajaram até ao Cairo e assassinaram o Lorde Moyne, Secretário de Estado Colonial Britânico para a Palestina. Ambos foram apanhados e enforcados pelos Britânicos. O Primeiro Ministro Israelita, Yitzhak Shamir, antigo membro do Gang Stern, trouxe os seus restos mortais para Israel para que fossem sepultados como “heróis”. Muitas ruas receberam o nome destes assassinos e terroristas. À medida que a campanha de terror se intensificou, as vitimas foram os polícias e soldados Britânicos. A lista seguinte não é, de maneira alguma, exaustiva, mas ilustra bem a tal campanha de terror repleta de assassinatos levada a cabo pelos Sionistas. 14 Fevereiro 1944 – 2 polícias mortos 2 Março 1944 – 1 polícia morto 23 Março 1944 – 3 policiais mortos no bombardeio do Quartel Generalem Haifa. Superintendente da polícia assassinado em Jerusalém. 8 Agosto 1944 – 10 polícias mortos durante a tentativafalhada de assassinio do Alto Comissário Britânico 29 Agosto 1944 – Oficial superior da polícia assassinado 29 Setembro 1944 – Assassinato do assistente do superintende de Polícia 25 Abril 1946 – 7 soldados assassinado, durante o sono,em Tel Aviv 22 Julho 1946 – 91 mortos em ataque com bombas ao hotel King David, que servia de escritórios ao Secretariado de governo palestino e de Quartel General do exército Britânico. O bombardeio foi feito com a conivência da Agência Judaica, de David BEM-GURION. Esconder o seu passado de “freedom fighters”, vangloriando-se da campanha para livrar a Palestina dos od'iosos Britânicos." E em 14 de Maio de 1948, Ben-Gurion tornou-se Primeiro Ministro. Em 10 de Abril de 1948 a população de Nasr el Din foi massacrada. No dia 5 de Maio de 1948 foi a vez de homens, mulheres e crianças da aldeia de Khoury serem vitimados. No dia em que o mandato Britânico acabou os aldeões de Beit Drass foram chacinados. Na aldeia de Deir Yassin, a Irgun matou 250 Árabes, numa orgia de violência sem precedentes. O Secretário de Estado Britânico para as Colónias, falando aos Comuns disse: “Esta bárbara agressão é uma prova de selvajaria. É um crime a acrescentar à longa lista de atrocidades cometidas pelos Sionistas até este dia, e para o qual não conseguimos encontrar palavras de repulsa...” Perto do final de 1948, o Gang Stern assassinou o mediador das Nações Unidas para a Palestina, o Conde Folke Bernadette. O seu “crime” foi preocupar-se com os Árabes Palestinos. Durante toda esta campanha de terror podemos ver a mão de homens que mais tarde se tornariam altas figuras do Estado de Israel e heróis daquele país. Outra figura, que fez nome como o “Carniceiro de Beirute”, muito depois da retirada Britânica, é ARIEL SHARON, que também se tornou Primeiro Ministro de Israel. Parece que a linhagem continua, o que não é bom sinal para os Palestinos, ou para qualquer hipótese de paz, numa parte do mundo que tem conhecido muito sofrimento e derramamento de sangue ao longo dos séculos. Enfim... a "dura" verdade é que os PAIS DO TERROR frenquentam Sinagógas.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Conhecendo o Brasil Sem Miséria

Hoje, a Presidenta Dilma, lançou o Programa BRASIL SEM MISÉRIA, ela deu mais um importante passo na luta por igualdade em nossa sociedade. O programa é direcionado aos brasileiros com renda mensal de até R$ 70,00, e infelizmente essas pessoas correspondem a quase vinte milhões do povo de nosso país. O Brasil sem Miséria será um plano nacional de superação da extrema pobreza; não ficará restrito a transferência de renda como meta.

O Plano irá utilizar os novos dados do Censo 2010 e levará em conta os aspectos regionais e a preocupação com o desenvolvimento sustentável, além de levar a presença do Estado onde ela não chegou, levará serviços aos mais desfavorecidos; ajudando na construção de um Brasil para todos.

Bom, lamentávelmente, algo tão importante para nossa nação, não foi debatido, e tão pouco levado ao conhecimento da população brasileira. Não como deveria. Enfim, normal, pois não podemos esperar muito de nossa grande mídia_ ela prefere ocupar suas manchetes com matérias oportunistas, tendenciosas, e irrelevantes em nossas vidas.

Enfim, foi criado uma página na Web que conta com os detalhes do Plano. Abaixo vamos conhecer um pouco mais. Leia em partes:

É O ESTADO CHEGANDO ONDE A POBREZA ESTÁ.

o Estado chegando onde a pobreza está.

Nos últimos anos, o governo do Brasil se aproximou, como nunca, dos mais pobres. Assim, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média.

Mesmo com este esforço, 16 milhões de pessoas ainda permanecem na pobreza extrema. Entre outros motivos, porque há uma pobreza tão pobre que dificilmente é alcançada pela ação do Estado. Ela como quê se esconde, perdida em grotões longínquos do nosso imenso território ou em zonas segregadas das grandes cidades.

São pessoas tão desamparadas que não conseguiram se inscrever, até mesmo, em programas sociais bastante conhecidos, como o Bolsa Família. Muito menos ter acesso a serviços essenciais como água, luz, educação, saúde e moradia.

O Plano Brasil Sem Miséria foi criado exatamente para ir aonde elas estão. Para romper barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais que segregam pessoas e regiões.

Entre outras coisas, vai identificar e inscrever pessoas que precisam e ainda não recebem o Bolsa Família. E ajudar, quem já recebe, a buscar outras formas de renda e melhorar suas condições de vida.

Para isso, desenvolveu uma nova estratégia, chamada "Busca Ativa", e está montando o mais completo Mapa da Pobreza no país. Um mapa onde a pobreza não é apenas um número: ela tem nome, endereço e sobrenome.

O Brasil Sem Miséria também está desenhando um Mapa Nacional de Oportunidades, identificando os meios mais eficientes para estas pessoas melhorarem de vida.

Só assim os nossos olhos, e o braço do Estado, vão alcançar aquela pobreza tão pobre que a miséria quase a faz invisível.

Assim, todo o país vai sair lucrando, pois cada pessoa que sai da miséria é um novo produtor, um novo consumidor e, antes de tudo, um novo brasileiro disposto a construir um novo Brasil, mais justo e mais humano.


AÇÕES GLOBAIS, AÇÕES REGIONAIS.


A miséria tem caras e necessidades diferentes conforme a região. A realidade no campo é uma, na cidade é outra bem diferente. Por isso, o Brasil Sem Miséria terá ações nacionais e regionais baseadas em três eixos: renda, inclusão produtiva e serviços públicos.

No campo, o objetivo central será aumentar a produção dos agricultores. Na cidade, qualificar mão de obra e identificar oportunidades e emprego para os mais pobres.

Programas públicos, como o Bolsa Família, a Previdência Rural, o Brasil Alfabetizado, o Saúde da Família, o Brasil Sorridente, o Mais Educação e a Rede Cegonha, vão ser ampliados e aperfeiçoados em todo o país, assim como as ações destinadas a ampliar o acesso dos mais pobres a bens e serviços públicos, incluindo água, luz e moradia.

Para atingir essas metas, o plano está montando o mais completo Mapa da Pobreza do Brasil. E também está desenhando um Mapa de Oportunidades para identificar os meios mais adequados e eficientes de fazer essas pessoas melhorarem de vida.

Esses instrumentos vão permitir, por exemplo, que o plano identifique e cadastre pessoas que ainda não recebem o Bolsa Família, seja por falta de informação, seja por viverem em localidades ainda não alcançadas pela ação do Estado.

Por tudo isso, o Brasil Sem Miséria aprimora o melhor da experiência brasileira na área social e mobiliza, de forma articulada, a estrutura do governo federal, dos estados e municípios. O plano cria, renova, amplia e, especialmente, integra dezenas de programas sociais. Incorpora o trabalho de ministérios. E atua de forma diferenciada na cidade, no campo e nas várias regiões do país para beneficiar os 16 milhões de brasileiros mais pobres, estejam onde estiverem.


BRASIL SEM MISÉRIA NO CAMPO,

No campo, onde se encontra 47% do público do plano, a prioridade é aumentar a produção do agricultor através de orientação e acompanhamento técnico, oferta de insumos e água. Conheça agora algumas das principais estratégias do Brasil Sem Miséria no meio rural.
Assistência Técnica

Os agricultores mais pobres terão acompanhamento continuado e individualizado por equipes profissionais contratadas prioritariamente na região pelo Governo Federal. Cada grupo de mil famílias terá a assistência de um técnico de nível superior e de dez técnicos de nível médio. Uma parceria com universidades e a Embrapa vai introduzir tecnologias apropriadas a cada família e, com isso, aumentar a produção.
Fomento e Sementes

O Brasil Sem Miséria vai apoiar famílias extremamente pobres na produção de alimentos e na comercialização da produção. Cada família receberá um fomento a fundo perdido de R$ 2.400, pagos em parcelas semestrais, durante dois anos, para adquirir insumos e equipamentos. Até 2014, serão atendidas 250 mil famílias. O plano prevê outras ações complementares ao fomento, como a oferta de sementes da Embrapa e tecnologias apropriadas para cada região.
Programa Água para Todos

A meta, aqui, é atender 750 mil famílias com a construção de cisternas e sistemas simplificados coletivos. Além disso, milhares de famílias serão beneficiadas por sistemas de água voltados para a produção.
Acesso aos mercados

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
O PAA é um dos programas mais eficazes na ampliação do mercado do pequeno agricultor. Através dele, o Governo Federal compra a produção para doá-la a entidades assistenciais ou para a formação de estoques. Com o Brasil Sem Miséria, o PAA será consideravelmente ampliado. Se hoje ele atende a 66 mil famílias em situação de extrema pobreza, até 2014 beneficiará 255 mil.
Compra da Produção

Outra ação prevista é a ampliação das compras públicas para hospitais, universidades, presídios, creches e também para a rede privada de abastecimento, como supermercados e restaurantes, que passarão a contar com a produção dos agricultores mais pobres.


BRASIL SEM MISÉRIA NA CIDADE.

No meio urbano, o objetivo central do Brasil Sem Miséria será gerar ocupação e renda para os mais pobres, entre os 18 e 65 anos de idade, mediante cursos de qualificação profissional, intermediação de emprego, ampliação da política de microcrédito e incentivo à economia popular e solidária, entre outras ações de inclusão social que devem beneficiar dois milhões de pessoas. As linhas de ação incluem:
Mapa de Oportunidades

O Governo Federal, junto com Estados e prefeituras, levantará o conjunto de oportunidades disponíveis nas cidades para incluir produtivamente as famílias identificadas pelo Mapa da Pobreza. Assim, unindo esses dois instrumentos, o Brasil Sem Miséria vai promover um crescimento econômico mais inclusivo, gerando novas oportunidades de trabalho e renda.
Qualificação de Mão de Obra

A meta é inserir os beneficiários do Bolsa Família no mercado de trabalho através de cursos de formação sintonizados com a vocação econômica de cada região. Escolas técnicas, o Sistema S e outras redes serão mobilizadas para que seja possível oferecer mais de 200 tipos de cursos gratuitos e certificados. O aluno receberá material pedagógico, lanche e transporte.
Intermediação Pública de Mão de Obra

As ações de intermediação serão realizadas considerando o conjunto de oportunidades mapeadas junto às empresas públicas e privadas. Serão selecionados, prioritariamente, os beneficiários do Bolsa Família e pessoas com idade entre 18 e 65 anos.
Apoio à Organização dos Catadores de Materiais Recicláveis

O Brasil Sem Miséria vai apoiar fortemente as prefeituras na implantação de programas de coleta seletiva. Com isso, além de beneficiar o meio ambiente, pretende fortalecer as cooperativas de catadores já existentes e abrir milhares de vagas nesse setor.
EMPREENDEDORISMO
Articulação

Visando à inclusão produtiva da população mais pobre, o Brasil Sem Miséria vai, entre outras ações, promover a articulação de diversos programas governamentais. O objetivo é criar novas oportunidades de desenvolvimento econômico local, ampliar o mercado das micro e pequenas empresas, estimular a formação de empreendimentos cooperativados e apoiar o microempreendedor individual, as políticas de microcrédito e a Economia Popular e Solidária.


FONTE: http://www.brasilsemmiseria.gov.br/conheca-o-plano/

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Novo Código Florestal e crimes contra o Meio Ambiente: a Floresta segue chorando.

Em uma postagem como essa, com o título que tem, eu não poderia começar de outra forma, senão, dizendo que a Presidenta Dilma não deve permitir o retrocesso. O poder de veto não deverá ser utilizado, caso algumas alterações do novo código não sejam consumadas no Senado. Entre elas estão: ANÍSTIA AOS DESMATADORES, LIBERAÇÃO DE PLANTAÇÕES EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANETE, DESOBRIGAÇÃO DO GRANDE LATIFUNDIÁRIO DE REPLANTAR AS MARGENS DE RIOS, e mais outros retrocessos estão presentes no novo código. Posto isso, abaixo segue a publicação de algo que demonstra toda indignação, minha e de tantos outros brasileiros, com a atitude vendida de nossos parlamenteres, a serviço dos ruralistas. Vejamos a carta elaborada pelos Ministérios Públicos dos Estados presentes na reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, em Brasília (alguns dias atrás), em conjunto com diversas entidades ligadas à defesa da causa ambiental de todo país, eles publicaram uma carta aberta à população. Nela manifestam “profunda" indignação diante da aprovação das alterações na Câmara Federal do Código.

Leia na íntegra:

CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO

Os representantes da Sociedade Civil e do Ministério Publico dos Estados junto ao Conselho Nacional do Meio Ambiente, presentes na 102 ª Reunião Ordinária, vem manifestar profunda indignação diante da aprovação das alterações na Câmara Federal do Código Florestal Brasileiro, que enfraquecerá ainda mais a proteção das florestas, das águas, do ar, do solo, do clima, da biodiversidade, das populações em área de risco e da agricultura sustentável.

A situação se reveste da maior gravidade face aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, pois ocorre às vésperas da Conferência Rio+ 20, considerando ainda a intensidade dos eventos climaticos por que passa o planeta, a perda acentuada de biodiversidade e a escassez progressiva dos recursos hídricos.

Diante dos fatos ocorridos no Congresso, tornou-se mais vulnerável o meio ambiente, as instituições e o Sistema Nacional do Meio Ambiente, cujo órgão maior é o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

Por isso, retiramo-nos da sessão em protesto contra a fragilização dos instrumentos de gestão ambiental do País, deliberando por esta manifestação à Sociedade Brasileira, informando-a dos eminentes riscos a que estará submetida.

É momento da Sociedade Brasileira atuar de forma decisiva, fazendo valer os principios constitucionais da proteção ao meio ambiente e da vida humana.

Brasília, 25 de maio de 2011.

PROAM – Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental

FURPA – Fundação Rio Parnaíba

FBCN – Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza

INGA – Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais

ECODATA – Agencia Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação

MOVER – Movimento Verde de Paracatu

PONTO TERRA – Organização Ponto Terra

IDPV – Instituto Direito por um Planeta Verde

Ministério Público dos Estados

FUNATURA – Fundação Pró-Natureza

BIOESTE – Instituto de Biodeiversidade e Desenvolvimento do Oeste da Bahia

KANINDÉ – Associação de Defesa Etnoambiental


Pois bem, e pra fazer justiça ao título desta postagem, vale a leitura de um ótimo texto feito por um parlamentar brasileiro.

Leia na íntegra:

DR.ROSINHA: A FLORESTA CHORA.

por Dr. Rosinha, especial para o Viomundo

Como se fosse uma via sacra, dividida em vários atos ou estações, há muito tempo a floresta chora. Se a via sacra é composta por 14 estações, a de agressão à floresta tem infinitas.

Primeiro Ato ou Estação

Poderia voltar no tempo e buscar um fato que constituiria a primeira Estação, como, por exemplo, a morte de Chico Mendes, em 1988. Ou, mais antigamente, a morte do primeiro índio em solo brasileiro. Ou então a derrubada do primeiro pau-brasil. Para ficar no contemporâneo, fui buscar o primeiro ato no dia 24 de maio passado. Dia em que foi derrotado o Código Florestal.

Segundo Ato

Três dias depois, no dia 27, após o duplo assassinato de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, também foi morto Adelino Ramos, presidente do Movimento dos Camponeses de Corumbiara e da Associação dos Camponeses do Amazonas. Adelino era um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, em 1995, quando foram assassinados dez trabalhadores sem-terra. Ele vinha sofrendo ameaças de morte por denunciar a ação de madeireiros, que raramente agem em separado dos grandes fazendeiros do agronegócio, que no Congresso Nacional são representados pela bancada ruralista. Adelino foi morto a tiros por um motociclista enquanto vendia verduras produzidas no acampamento onde vivia, ou seja, era um agricultor familiar e não um fazendeiro.

Terceiro Ato

No dia 25 de maio, os Ministérios Públicos dos Estados e diversas outras entidades, presentes na 102ª reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, divulgaram carta de repúdio ao Novo Código Florestal. Manifestam “profunda indignação diante da aprovação das alterações na Câmara Federal do Código Florestal Brasileiro, que enfraquecerá ainda mais a proteção das florestas, das águas, do ar, do solo, do clima, da biodiversidade, das populações em área de risco e da agricultura sustentável”. Chamam a atenção para a gravidade do fato “face aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil” e por ocorrer “às vésperas da Conferência Rio+ 20”. A aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), torna “mais vulnerável o meio ambiente, as instituições e o Sistema Nacional do Meio Ambiente”. Torna mais vulnerável a vida humana.

Quarto Ato

Recebi centenas de mensagens me parabenizando por ter votado contra o relatório do Aldo Rebelo. Entre elas reproduzo uma recebida no dia 24, dia do assassinato de Zé Cláudio e Maria. “Olá, Doutor Rosinha. Venho aqui lhe pedir encarecidamente que impeça a força ruralista de vencer na votação do Novo Código Florestal. O assassinato de Zé Cláudio e sua esposa são uma demonstração terrível e clara de que essas pessoas só querem fazer o bem a si mesmas em prol de lucro e riquezas. Por favor, Doutor Rosinha, ajude o Brasil a vencer essa doença devastadora.”

Quinto Ato

Assim como a morte de Santiago Nasar foi uma “Crônica de uma Morte Anunciada” (romance de Gabriel Garcia Marquez), as mortes de José Cláudio e sua esposa Maria do Espírito Santo, assassinados em 24 de maio, não foram diferentes. Domingos Jorge Velho, um dos bandeirantes, fez um colar das orelhas que ele arrancou dos índios que ele matou na chamada “Confederação dos Cariris”, e por isso foi elogiado. A história se repete. Zé Claúdio teve a orelha decepada e levada pelos seus assassinos, provavelmente como prova do serviço realizado. Qual foi o fazendeiro (ruralista) que exigiu essa prova? Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, agricultores familiares, viviam e produziam de forma sustentável num lote de aproximadamente 20 hectares, onde 80% da terra era de floresta preservada. Representavam aquilo que os ruralistas querem destruir, por isso a aprovação do relatório de Aldo Rebelo. Há muito Zé Cláudio e Maria vinham sofrendo ameaças de morte e, apesar de pedirem proteção, nunca foram ouvidos, até que a morte se anunciou.

Sexto Ato

Sob o pretexto de uma suposta modernização, no último dia 27 de maio, o governador do Paraná, Carlos Alberto Richa (PSDB), criou um grupo de trabalho para alterar a Lei Estadual de Agrotóxicos. Hoje no mundo todo se discute a restrição do uso de agrotóxicos. Como a lei estadual é restritiva, Richa e seu secretário Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento) querem mudanças nos procedimentos para o cadastramento de agrotóxicos, para facilitar a compra de venenos (agrotóxicos) pelos produtores em geral e em especial de mandioca, frutas e arroz. Atualmente, muitos agrotóxicos disponíveis no mercado não podem ser vendidos no Paraná por falta de um segundo cadastro dos produtos, exigida pela Lei Estadual de Agrotóxicos. De acordo com Ortigara, as indústrias evitam arcar com os custos de um segundo registro no Paraná. Ora, por termos uma das leis mais avançadas do país, Beto Richa que flexibilizá-la. No caso, flexibilização significa ajuda para as empresas venderem mais veneno.

Sétimo Ato

Este ato está mais do que conhecido, foi o que ocorreu quase que simultaneamente aos atos anteriores, foi a aprovação festiva da morte da floresta, animais e seres humanos. Ocorreu na noite de 24 de maio, com a aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo pelo plenário da Câmara dos Deputados. Nesta noite os ruralistas comemoravam a dor da floresta, por isso ela chora e nós choramos juntos.

Oitavo Ato ou Estação

“A floresta chora”, frase tão bem traduzida numa das faixas que manifestantes usaram para fechar uma das rodovias no estado do Pará em protesto pela morte de Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo. A floresta chora, e eu choro junto. Infelizmente esta via sacra não vai parar nestas oito estações, e tampouco sabemos quando se chegará ao fim do calvário.

Dr. Rosinha, médico pediatra, é deputado federal (PT-PR).


E por fim, encerro dizendo que quando uma mulher mata seu "amante" em um quarto de Motel, tal fato ganha grande espaço na mídia. Porém, quando trabalhadores são assassinados por denunciarem a ação de madeireiros, criminosos, que desmatam nossas florestas, tal fato "passa batido" aos olhos da grande mídia, e consequentemente do nosso povo. Lamentável!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Noam Chomsky: “Minha reação ante a morte de Osama"

Bom, tenho me furtado de fazer comentários sobre a morte de Bin Laden, porém, acho sempre interessantes os de Noam Chomsky. Vejamos abaixo.

Noam Chomsky: “Minha reação ante a morte de Osama"

Poderíamos perguntar como reagiríamos se um comando iraquiano pousasse de surpresa na mansão de George W. Bush, o assassinasse e, em seguida, atirasse seu corpo no Oceano Atlântico.

- Por Noam Chomsky*, no Guernica Magazine

Fica cada vez fica mais evidente que a operação foi um assassinato planejado, violando de múltiplas maneiras normas elementares de direito internacional. Aparentemente não fizeram nenhuma tentativa de aprisionar a vítima desarmada, o que presumivelmente 80 soldados poderiam ter feito sem trabalho, já que virtualmente não enfrentaram nenhuma oposição, exceto, como afirmara, a da esposa de Osama bin Laden, que se atirou contra eles.

Em sociedades que professam um certo respeito pela lei, os suspeitos são detidos e passam por um processo justo. Sublinho a palavra "suspeitos". Em abril de 2002, o chefe do FBI, Robert Mueller, informou à mídia que, depois da investigação mais intensiva da história, o FBI só podia dizer que "acreditava" que a conspiração foi tramada no Afeganistão, embora tenha sido implementada nos Emirados Árabes Unidos e na Alemanha.

O que apenas acreditavam em abril de 2002, obviamente sabiam 8 meses antes, quando Washington desdenhou ofertas tentadoras dos talibãs (não sabemos a que ponto eram sérias, pois foram descartadas instantâneamente) de extraditar a Bin Laden se lhes mostrassem alguma prova, que, como logo soubemos, Washington não tinha. Por tanto, Obama simplesmente mentiu quando disse sua declaração da Casa Branca, que "rapidamente soubemos que os ataques de 11 de setembro de 2001 foram realizados pela al-Qaida".

Desde então não revelaram mais nada sério. Falaram muito da "confissão" de Bin Laden, mas isso soa mais como se eu confessasse que venci a Maratona de Boston. Bin Laden alardeou um feito que considerava uma grande vitória.

Também há muita discussão sobre a cólera de Washington contra o Paquistão, por este não ter entregado Bin Laden, embora seguramente elementos das forças militares e de segurança estavam informados de sua presença em Abbottabad. Fala-se menos da cólera do Paquistão por ter tido seu território invadido pelos Estados Unidos para realizarem um assassinato político.

O fervor antiestadunidense já é muito forte no Paquistão, e esse evento certamente o exarcebaria. A decisão de lançar o corpo ao mar já provoca, previsivelmente, cólera e ceticismo em grande parte do mundo muçulmano.

Poderiamos perguntar como reagiriamos se uns comandos iraquianos aterrizassem na mansão de George W. Bush, o assassinassem e lançassem seu corpo no Atlântico. Sem deixar dúvidas, seus crimes excederam em muito os que Bin Laden cometeu, e não é um "suspeito", mas sim, indiscutivelmente, o sujeito que "tomou as decisões", quem deu as ordens de cometer o "supremo crime internacional, que difere só de outros crimes de guerra porque contém em si o mal acumulado do conjunto" (citando o Tribunal de Nuremberg), pelo qual foram enforcados os criminosos nazistas: os centenas de milhares de mortos, milhões de refugiados, destruição de grande parte do país, o encarniçado conflito sectário que agora se propagou pelo resto da região.

Há também mais coisas a dizer sobre Bosch (Orlando Bosch, o terrorista que explodiu um avião cubano), que acaba de morrer pacificamente na Flórica, e sobre a "doutrina Bush", de que as sociedades que recebem e protegem terroristas são tão culpadas como os próprios terroristas, e que é preciso tratá-las da mesma maneira. Parece que ninguém se deu conta de que Bush estava, ao pronunciar aquilo, conclamando a invadirem, destruirem os Estados Unidos e assassinarem seu presidente criminoso.

O mesmo passa com o nome: Operação Gerônimo. A mentalidade imperial está tão arraigada, em toda a sociedade ocidental, que parece que ninguém percebe que estão glorificando Bin Laden, ao identificá-lo com a valorosa resistência frente aos invasores genocidas.

É como batizar nossas armas assassinas com os nomes das vítimas de nossos crimes: Apache, Tomahawk (nomes de tribos indígenas dos Estados Unidos). Seria algo parecido à Luftwaffe dar nomes a seus caças como "Judeu", ou "Cigano".

Há muito mais a dizer, mas os fatos mais óbvios e elementares, inclusive, deveriam nos dar mais o que pensar.

*Noam Chomsky é professor emérito do Departamento de Linguística e Filosofía del MIT. É autor de numerosas obras políticas. Seus últimos livros são uma nova edição de "Power and Terror", "The Essential Chomsky" (editado por Anthony Arnove), uma coletânea de seus trabalhos sobre política e linguagem, desde os anos 1950 até hoje, "Gaza in Crisis", com Ilan Pappé, e "Hopes and Prospects", também disponível em áudio.

Fonte: Cubadebate

Rússia e China desafiam OTAN-EUA

10/5/2011, M K Bhadrakumar, Asia Times Online

Tradução do Coletivo da Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:
“Não é maravilhoso saber que a gente aqui, nessa quebrada braba, já sabe de tudo isso… E que o Merval Pereira e o William Waack ainda não sabem de naaaaaaaada disso?! [risos, risos] É nóis! A Rede Globo tá é por fora!

A visita para consultas que o ministro de Relações Exteriores da China Yang Jiechi fará no final de semana a Moscou está prevista como parte da preparação para a visita que o presidente Hu Jintao fará à Rússia em junho. Mas essas consultas ganham imensa importância nas atuais circunstâncias, para a segurança internacional.

Os esforços que russos e chineses empreendem já há algum tempo para “coordenar” posições nas questões regionais e internacionais sobem de grau, em termos qualitativos, agora, em face da situação no Oriente Médio.

A agência oficial russa de notícias usou expressão pouco usual – “estreita cooperação” – para caracterizar o novo status dessa coordenação de políticas para a região. E essa coordenação pode implicar um grande desafio que o Ocidente terá de enfrentar, para fazer avançar sua agenda unilateralista no Oriente Médio.

Em tese, Hu visitará a Rússia para participar do grande evento-show previsto para São Petersburgo nos dias 16-18 de junho, e que o Kremlin vem coreografando atentamente como evento anual, de importância comparável à de um Fórum Econômico Internacional, um “Davos russo”. Vê-se muita excitação nos dois países, à espera de que a visita de Hu seja um ponto de virada na cooperação entre Rússia e China, no campo da energia.

A gigante russa Gazprom de energia espera estar bombeando 30 bilhões de metros cúbicos anuais de gás natural para a China em 2015, e as negociações sobre preço já estão em fase avançada. Os chineses garantem que as negociações, que estiveram paralisadas, estão de fato a ponto de serem concluídas e postas em acordo a ser firmado, quando Hu chegar à Rússia.

Verdade é que, quando a grande economia que mais cresce no mundo e o país maior exportador de energia chegam a algum acordo, a coisa é sempre muito mais ampla que simples questão de cooperação bilateral. Haverá mal-estar na Europa, que historicamente tem sido o maior mercado para a energia russa exportada, se se vir surgindo do leste um “concorrente”; e os negócios de energia entre o Ocidente e a Rússia terão, na China, “um parceiro à espera”. Essa mudança de paradigma altera o quadro atual das tensões entre Leste e Oeste sobre o Oriente Médio.

Posições idênticas

O Oriente Médio e o Norte da África acabou por ser um dos temas centrais das conversações que Yang terá em Moscou com seu anfitrião Sergei Lavrov. Rússia e China decidiram trabalhar juntas sobre as questões criadas pelos levantes no Oriente Médio e Norte da África. Nas palavras de Lavrov: “Concordamos em coordenar nossas ações, usando as habilidades e competências de nossos dois países, para ajudar numa rápida estabilização e para prevenir que haja ali outras consequências negativas.”

Lavrov disse que Rússia e China têm “posições idênticas”, de que “cada nação deve poder determinar o próprio futuro, independentemente e sem interferência”. Pode-se presumir que os dois países tenham construído a posição comum de opor-se a qualquer movimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que caracterize ocupação por terra, na Líbia.

Até aqui, a posição da Rússia havia sido de que Moscou não aceitaria que o Conselho de Segurança desse à OTAN qualquer tipo de mandato que autorizasse a ocupação por terra, sem “posição claramente expressa” de aprovação pela Liga Árabe e pela União Africana (da qual a Líbia é membro).

Evidentemente, há aqui um “déficit de confiança”, que se vai tornando cada dia mais insuperável, a menos que a OTAN decida por um cessar-fogo imediato na Líbia.

Dito de outro modo, mais claro: a Rússia já não confia que os EUA ou seus aliados da OTAN estejam sendo satisfatoriamente transparentes quanto às próprias intenções no que tenham a ver com a Líbia e o Oriente Médio.

Há alguns dias, Lavrov falou longamente sobre a Líbia em entrevista a um canal russo de televisão, Tsentr. Mostrou-se profundamente frustrado com a ‘fala dupla’ do Ocidente e os subterfúgios usados para interpretar unilateralmente a Resolução n. 1.973 da ONU, de modo a fazer o que desejava fazer.

Naquela entrevista, Lavrov revelou que há “relatos de que se prepara uma vasta operação na Líbia e que sugerem que os planos estejam sendo desenvolvidos na OTAN e na União Europeia”. E sugeriu bem claramente (e publicamente) que há suspeitas em Moscou de que os EUA conspiram para contornar a exigência de que o Conselho de Segurança autorize operações em terra na Líbia; que em vez de buscar obter a autorização legal, os EUA planejam aplicar uma ‘chave-de-braço’ na Secretaria Geral de Ban Ki-Moon, para que a SG apresente à aliança ocidental “um pedido” para que a OTAN dê cobertura à missão humanitária da ONU; os EUA, então, usariam esse pedido como folha de parreira para iniciar a ocupação por terra.

A divulgação da posição assumida por Rússia e China visa a impedir que a Secretaria Geral de Ban facilite subrepticiamente a operação em terra, da OTAN, na Líbia, que estaria sendo construída. Ban visitou Moscou recentemente, e relatórios russos sugerem que ele teria saído “com as orelhas cheias” de críticas ao modo como preside a ONU. Colunista moscovita sempre bem informado, escreveu, cheio de sarcasmo:

“Há vários modos de dizer politicamente a um hóspede, em nome próprio e em nome de parceiros internacionais: ‘Não estamos muito felizes com seu desempenho, estimado Mr. Ban.’ Em muitos casos, nem se precisa de palavras. É visível para todos que o secretário-geral tem uma queda pelo romantismo revolucionário das guerras civis e apóia, em geral, todos os combatentes da liberdade. Por isso, precisamente, vive de braços dados com os arquiliberais europeus e norte-americanos.

Não se recomenda que o secretário-geral da ONU tome posições políticas extremistas, muito menos que se ponha ao lado da minoria dos estados-membros da ONU, como fez no caso da Líbia e da Costa do Marfim. Não foi eleito para isso. Não se trata de querer forçar Mr. Ban a mudar de posição ou de convicções, mas, apenas, de promover um pequeno ajuste no seu modo de ver as coisas, a favor de maior neutralidade.”

Moscou e Pequim parecem ver o chamado Grupo Líbia de Contato (22 países e seis organizações internacionais) com olhos altamente desconfiados. Referindo-se à decisão do Grupo, em reunião em Roma na 5ª-feira passada, para disponibilizar imediatamente um fundo temporário de US$250 milhões, como ajuda aos rebeldes líbios, Lavrov disse, em tom cáustico, que o grupo “ampliava seus esforços para assumir o papel principal na determinação da política de toda a comunidade internacional em relação à Líbia” e alertou que não deveria estar “tentando substituir o Conselho de Segurança da ONU. E que evitasse tomar posição a favor de um dos lados.”

Moscou e Pequim têm dado sinais bem claros de preocupação ante o risco de o Grupo de Contato estar aos poucos se convertendo em processo regional que estaria deslocando a ONU, no trabalho de modelar os levantes árabes na direção que mais interesse às estratégias ocidentais. Os estados do Conselho de Cooperação do Golfo (e da Liga Árabe) incluídos no Grupo de Contato permitem que o Ocidente apresente o Grupo de Contato como se fosse uma voz regional coletiva. (Ironicamente, a França convidou a Rússia a participar do Grupo de Contato.)

A ponta do iceberg

Na conferência de imprensa com Yang em Moscou, na 6ª-feira, Lavrov foi diretamente ao ponto: “O Grupo de Contato se auto-estabeleceu. E, agora, tenta puxar para si a responsabilidade sobre a política de toda a comunidade internacional em relação à Líbia. E não só isso. Também estamos ouvindo vozes que querem que o Grupo de Contato decida o que fazer em outros Estados da região.” O que preocupa a Rússia em termos imediatos é que o Grupo de Contato parece estar começando a deslocar-se em direção à Síria, para promover mudança de regime também lá.

Até aqui, a China tem sido muito diplomática na questão da Líbia e deixou com a Rússia a tarefa de pendurar o guizo no pescoço do gato ocidental; mas aos poucos, está começando a falar. Yang foi bastante direto na conferência de imprensa em Moscou, criticando a intervenção ocidental na Líbia. Há apenas três semanas, o People’s Daily [Diário do Povo] chinês comentou que a guerra na Líbia chegara a um impasse: o regime de Muammar Gaddafi mostrou-se capaz de resistir; e o Ocidente superestimou a oposição líbia. Diz o jornal:

“A guerra da Líbia converteu-se em ‘batata quente’ para o Ocidente. Primeiro, o Ocidente, em termos econômicos e estratégicos, não pode sustentar a guerra (…). A guerra é peso excessivo para os EUA e para os países europeus, que ainda não superaram completamente a crise econômica. Quanto mais tempo durar a guerra da Líbia, mais os países ocidentais ver-se-ão em desvantagem.

Em segundo lugar, o Ocidente enfrentará inúmeras dificuldades militares e legais (…). Se o Ocidente continuar a envolver-se, logo será visto como tendente a um dos lados (…). No campo das ações propriamente militares, os países ocidentais terão de despachar soldados para depor Gaddafi (…). A ONU absolutamente não tem autoridade para ordenar esse movimento, e parece estar começando a repetir os erros da Guerra do Iraque (…). Em resumo, a solução militar para o problema da Líbia está esgotada e a solução política já está na agenda.”

As conversações de Yang em Moscou significam que Pequim está sentindo que o Ocidente está decidido a segurar a ‘batata quente’ custe o que custar, deixá-la esfriar custe o que custar, para, no fim, devorá-la sem partilhar com ninguém. No mesmo andamento, uma recalibração da posição chinesa, que a aproxima muito da posição da Rússia (que já criticou muito mais abertamente a intervenção ocidental na Líbia) começa a deixar-se ver.

Moscou pode ter encorajado Pequim a ler o que se via escrito na parede. Mas o fator determinante da aproximação parece ser o incômodo crescente, entre chineses e russos, ante a evidência de que a intervenção ocidental na Líbia é só a ponta do iceberg – e que o que se prepara pode ser uma geoestratégia para perpetuar a dominação histórica do Oriente Médio pelo Ocidente, agora na era pós-Guerra Fria. E tecido aí, também, um precedente extremamente preocupante, de a OTAN pôr-se a agir militarmente sem mandato específico da ONU.

Lavrov e Yang participam depois, em Astana, de uma conferência dos ministros de Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai [ing. Shanghai Cooperation Organization (SCO)] que negociará a agenda para a próxima reunião de cúpula do corpo regional, que acontecerá na capital do Cazaquistão, dia 15 de junho. A grande questão é se o acordo Rússia-China, de “estreita cooperação” nas questões do Oriente Médio e Norte da África, será assumida como posição comum de toda a SCO. A probabilidade parece alta.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O sacrifício

Fátima An-Najar é uma daquelas avós que carregam toda a dor e o sofrimento da humanidade. Seu nome evoca a filha do profeta Muhammad (Maomé) e o sobrenome a profissão de José, pai de Jesus.

Aos 67 anos de idade despediu-se do mundo explodindo o corpo em protesto contra a ocupação israelense.

Para a mídia foi apenas mais um número a contabilizar; para os palestinos mais uma mártir que partia. Antes dela, os israelenses haviam assassinado seu marido, dois filhos e um dia antes de sua morte, um neto de 17 anos.

O martírio de Fátima foi a culminância de um mês de massacres contra seu povo pelas tropas sionistas. Primeiro o assassinato frio e cruel de 18 mulheres e crianças em suas casas enquanto dormiam. A isso, a mídia ocidental denominou “incidente”. As vítimas não tinham nome, não tinham rosto, não tinham sonhos. Eram apenas números.

E em “outro incidente”, de acordo com a mídia ocidental, suas tropas dispararam contra 50 mulheres palestinas que tentavam proteger 60 refugiados em uma mesquita. Vejam que comportamento mais imoral dessa mídia. Para não criticar os carrascos israelenses, justificam o massacre acusando as 50 mulheres de servir de escudo para proteger 60 “militantes”. Vocês repararam nos números? 50 mulheres e 60 refugiados numa mesquita.

Não falam em 60 mães desesperadas tentando salvar os filhos.

Isso me lembra o jornalismo praticado na época da ditadura. Torturava-se até a morte e depois alegava-se suicídio ou atropelamento... Com o beneplácito dessa mesma mídia. Pergunto: alguma coisa mudou?

Fátima An-Najar, 67 anos, mãe, avó, palestina.
Fátima An-Najar, 67 anos, sacrificou-se em nome da humanidade!


Retirei o triste episódio acima do blog do bourdoukan. Então, resolvi fazer tal publicação para que, talvez, ajude algumas pessoas a pensarem melhor quando estiverem lendo, ouvindo, ou vendo alguma notícia relacionada a questão Israel/Palestina. Falo isso pelo fato de que essa semana recebemos a notícia sobre a conciliação entre os dois principais movimentos palestinos: o comprovadamente corrupto(é bom que se diga) FATAH, e o HAMAS, que diferente daquilo que é propagado pela grande mídia, NÃO É UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA, e sim, UM PARTIDO POLÍTICO, que aliás, conquistou o direito de governar nas urnas(é bom que se diga). Uma outra coisa que deve ficar claro sobre o HAMAS, é que este, ao contrário daquilo que se é propagado, JÁ SE COLOCOU EM CONDIÇÕES DE CONVIVER COM A EXISTÊNCIA DE ISRAEL, desde que com as fronteiras de 1967, antes da guerra, bem como 140 países já se mostraram a favor de reconhecer o estado palestino, aliás, a proposta do HAMAS, assim como a iraniana, é que tal decisão seja tomada em um plebíscito, onde a população(árabe e israelense) de toda a região envolvida, venha a decidir. Enfim, fiz essas colocações para que ninguém se permita cair no embuste propagado pelo monopólio da grande mídia, cúmplice do sionismo genocida. Recebi a notícia de reconciliação dos grupos palestinos com entusiasmo, porém, também com certa temerosidade, uma vez que ISRAEL AMEAÇOU claramente, do alto de sua arrogância, POR SUA MÁQUINA DE GUERRA EM AÇÃO, porém, tal atitude, passou em branco aos olhos da dita comunidade internacional. A reação dos sionistas de Israel, assim como a das grandes potências, mediante a PAZ ENTRE PALESTINOS, mostrou claramente quem não quer a paz na região. Não podemos aceitar que mais uma vez o estado judeu venha a cometer suas atrocidades livremente, e devemos nos atentar ao fato de que o lado árabe não tem mais o que ceder, e sempre busca soluções, meladas pelos sionistas e aliados. A OCUPAÇÃO israelense, e toda sua arrogância, não pode gerar outra coisa, senão, mais casos como o do triste episódio no início do post. O SACRIFÍCIO é uma constante na vida palestina, foi presente israelense.E por fim, reitero que É MENTIRA essa história de que o HAMAS não aceita uma eventual convivência com o ILEGÍTIMO estado judeu.

domingo, 24 de abril de 2011

Um pouco sobre o país de Dr.Ahmadinejad, o IRÃ, tão demonizado pela mídia ocidental.

Então, com todos os acontecimentos atualmente no Oriente Médio, e toda desinformação em torno desses, é válida a colocação de algumas coisas sobre o Irã, esse país tão perseguido pela propaganda servil da mídia ocidental. Afinal, é sempre salutar diferenciar uma coisa de outra coisa.


Bom, primeiramente, não posso começar de outra forma, senão, dizendo que no Irã temos um regime democrático, ao gosto daquele povo; e é uma DEMOCRACIA, INEGÁVELMENTE. Dito isso, deve-se colocar que se na vitória de Dr.Ahmadinejad, durante as últimas disputas eleitorais, ocorreu algum tipo de manipulação nas urnas (COMO A GRANDE MÍDIA OCIDENTAL VEM PROPAGANDO AO LONGO DE ALGUNS ANOS), ou não, isso é outra história. Aliás, vale a lembrança de que a reeleição de Bush, no "democrático" EUA, foi bem embaraçosa. Pois bem, não adianta é vir, no que podemos chamar, talvez, de ignorância, e colocar no mesmo bolo o processo eleitoral do Irã com o processo ditadorial que tinhamos no Egito, por exemplo; é imcomparável. Até pelo fato de que o deposto governante do Egito ficou no poder por 30 ANOS. Dr.Ahmadinejad é o SEXTO presidente do Irã eleito nas urnas. Seu mandato teve inicio em 2005. Se querem por um "véu de humanitarismo" pra ir atrás de alguém, que o façam com o Reino Saudita, onde temos uma Monarquia absolutista em pleno século vinte e um.

E mais, não se deve ser tolo de acreditar que Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karroubi (oposição) representem um fim do regime iraniano. Ambos são xiitas e governariam, se fossem eleitos, com o aval do religioso supremo, Ali Khamenei. Os persas estariam apenas abertos aos interesses dos EUA. Mas, NÃO MUDARIAM O REGIME, até porque: é uma democracia islãmica, ao modo persa.

O que estou dizendo, além de tudo, é que se o povo é contra o regime ou se é contra o governo de Dr.Ahmadinejad, entao vai ter que protestar contra os Aiatolás, ate chegar ao ponto de haver uma comoção nacional por uma votação (referendo popular) sobre a mudança de regime, aparentemente não é esse o desejo daquele povo. Por outro lado, se pessoas querem tirar Dr.Ahmadinejad do poder, por corrupção ou imoralidade política, ou coisas do tipo, nesse caso, seria legítimo, mas, também não é isso que acontece. Todavia, se os opositores e seus seguidores estão apenas insatisfeitos com o atual presidente e com o parlamento, sinto muito, que esperem terminar o mandato e realizem a mudança nas urnas. Isso é democracia. Algo diferente disso: ESTARIA SENDO UM GOLPE DE EsTADO (apoiado e financiado pelo imperialismo).

Ademais, é tudo propaganda contra um país de custumes estranhos ao Ocidente, que não reza a cartilha de um Império, e por isso é demonizado por uma mídia mais de que servil.

Vale reiterar que é o regime que a grande maioria do povo persa escolheu. É uma República Islâmica, porque assim o quiseram, e lutaram pra isso, conquistaram esse direito na revolução de 79, expulsando os imperialistas das terras iranianas.

Não pode-se deixar de considerar que o inaceitável, é a tentativa de impor a uma nação, a um povo, a forma como ele deve viver, nesse momento é deixado de lado qualquer princípio democrático. Posto isso, aqueles que apóiam uma pseudo-cruzada democrática, alegando eventuais direitos humanos ignorados pela nação islãmica, aqueles que colocam esse motivo como argumento pra perseguir um regime, e até almejar depor um presidente, estes mostram-se ainda mais ingênuos, pois o regime continuaria o mesmo, como eu já bem disse, a diferença seria que o Irã estaria aberto a interesses estrangeiros. Precise-se tomar cuidado para não tornar-se uma espécie de militante, não cônscio, de uma causa verdadeiramente política criminosa, que é o que está por trás de toda a campanha anti-Irã. Aliás, aqueles que perseguem o regime dos Aiatolás, mostram-se cada vez mai incoerentes. Devemos lembrar ainda que a "democracia" colômbiana é o país que mais desrespeita os direitos humanos na América Latina, isso é fato comprovado; a Teocracia israelense é o regime mais criminoso da idade moderna, incluso possuidora de tecnologia núclear, recusa-se a assinar o tratado de não proliferação de armas atômicas,porém, não se observa nenhuma campanha contra esses países, que por sinal, são aliados dos maiores financiadores de crimes contra a humanidade na história contemporânea (EUA). Portanto, antes de demonizar o Irã, deve-se observar todo um contexto muito bem engendrado, e lembrar sempre que, na Pérsia, tem prevalecido a vontade popular; que são apenas diferentes de nós, porém, jamais nos impuseram sua cultura, costumes, regime. Nunca jogaram uma bomba atômica, e nem invadem nações, assim como não financiam guerras, e nada do tipo. Ao contrário daqueles que os perseguem.


E ainda em tempo, não poderia deixar de desmentir toda propaganda sionista que alega, de forma faláciosa, eventual pregação de ódio aos judeus por parte de Dr.Ahmadinejad. Eles fazem isso, certamente, se aproveitando de que a maioria das pessoas não tem conhecimento, por exemplo, sobre mais de 25 sinagogas existentes em Terrã, assim como não sabem que essas nunca foram alvejadas pela população islãmica do Irã, tal como acontece com as pouquíssimas mesquitas em Tel Aviv(Israel); elas não sabem, também, que a população judia iraniana, é a maior nativa do Oriente Médio, e é apoiadora do presidente iraniano; votou nele e aplaudem a sua política externa: de defesa da soberania nacional daquele país, e enfrentamento aberto ao sionismo, assim como ao imperialismo. E certamente, também, não sabem do espaço garantido que os judeus possuem no parlamento persa. E quanto as mulheres da Pérsia, essas constituem mais da metade das novas turmas universitárias. Pra pararmos por aqui.


Reitero que o único pecado do presidente iraniano, e do regime daquele país, é enfrentar abertamente os sionistas, assim como imperialistas que visam dominar o Globo terrestre.

TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL (uma triste realidade).

Vivemos atualmente, de forma indubtável, um dos momentos mais prósperos para o nosso povo desde a criação de nossa jovem república, porém, mesmo com todos os avanços conquistados, ainda convimemos com duras realidades a serem enfrentadas, pois é, falo isso pra lembrar de um triste problema entre tantos ainda presentes em nossa sociedade, por mais incrível que pareça para alguns, mas, a verdade é que em pleno século vinte e um o TRABALHO ESCRAVO ainda é uma vergonhosa realidade no Brasil. Buscando maior elucidação sobre o tema, abaixo seguem-se algumas postagens inerentes ao assunto.

A primeira é datada de 21/02/2011, retirada do Blog DEFESA DO TRABALHADOR - Advocacia e Socialismo: http://defesadotrabalhador.blogspot.com/2011/02/trabalho-escravo-no-brasil-criancas-e.html



TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL: Crianças e adultos colhem fumo em condições de escravidão

Entre os 23 libertados que colhiam fumo em fazendas de Rio Negrinho (SC), 11 tinham menos de 16 anos de idade. Vítimas enfrentavam precariedade e jornada exaustiva, além de sérios riscos de contaminação por agrotóxicos

Por Bianca Pyl

Dispostos a verificar o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em dezembro de 2009, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Santa Catarina (SRTE/SC) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) acabaram flagrarando 23 pessoas, incluindo 11 adolescentes com idades entre 12 e 16 anos, em condições análogas à escravidão.

“O quadro encontrado desta vez é muito pior do que o anterior, que constatou algumas irregularidades”, disse Guilherme Kirtschig, procurador do trabalho que integrou a equipe fiscal. Os trabalhadores colhiam fumo em duas propriedades arrendadas por Wilson Zemann. As fazendas têm cerca de 20 hectares, no total, e estão localizadas em Rio dos Banhados, distrito de Volta Grande, no município de Rio Negrinho (SC).

No local em que as pessoas trabalhavam, havia apenas um banheiro, localizado na casa do proprietário da fazenda arrendada. “Os adolescentes relataram que muitas vezes faziam suas necessidades no mato”, conta Lilian Carlota Rezende, auditora fiscal da SRTE/SC. Para saciar a sede, apenas um único galão de água e somente um copo, que aumenta o risco de contaminação por doenças infecto-contagiosas.

A jornada era exaustiva: os empregados subiam todos os dias na caçamba de um trator por volta das 6h da manhã e só retornavam para casa às 19h. O arrendatário fazia diariamente esse trajeto da área de fumo até o distrito de Volta Grande, que se estendia por cerca de uma hora, para buscar o grupo. Segundo o procurador Guilherme, a estrada é muito ruim e havia risco de tombamento da caçamba. “No caminho, Wilson oferecia emprego às pessoas. Ele não utilizava nenhum aliciador”, completa.

As vítimas corriam sérios riscos de contaminação por não utilizarem nenhum tipo de equipamento de proteção individual (EPI). A situação mais grave era dos adolescentes. Alguns sequer estavam calçados no momento da fiscalização. Todos vestiam roupas próprias, de uso comum, que posteriormente seriam lavadas com as vestimentas das famílias, vindo a contaminar outras pessoas. “Os trabalhadores têm que usar sapatos de segurança e bonés árabes para evitar câncer de pele, entre outros equipamentos”, lista Lilian.

A fiscalização encontrou agrotóxicos por toda parte, em cima da caçamba onde os trabalhadores eram transportados e almoçavam, junto com galões de água. Ninguém tinha treinamento para manusear as substâncias químicas. O arrendatário não possuía Estudo de Gerenciamento dos Riscos dos Agrotóxicos em relação aos trabalhadores. Não havia local adequado para armazenamento e preparação da calda do produto.

O trabalho em plantações de fumo está entre as piores formas de exploração da criança e do adolescente, conforme classificação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sendo expressamente proibido para pessoas com menos de 18 anos, de acordo com o Decreto nº 6.481, de 2008.

“Infelizmente, não conseguimos saber para quem seria vendida a produção. Certamente o MPT acionaria a fumageira, que é solidariamente responsável por esse tipo de situação”, lamentou o procurador.

Os adultos que foram libertados na operação não tinham registro na Carteira de Trabalho e da Previdência Social (CTPS). Portanto, não estavam amparados pela Previdência Social em caso de acidentes ou doenças. As vítimas estavam entre 7 e 25 dias no local, e ainda não haviam recebido nenhum pagamento. “Eles não recebiam nenhum direito, como repouso semanal remunerado, férias proporcionais, 13º salário proporcional e recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço [FGTS]“, explica a auditora Lilian.

As fazendas foram interditadas pela fiscalização e o prazo para que o arrendatário pague as verbas trabalhistas – que totalizaram mais de R$ 60 mil – se encerra nesta quinta-feira (27). Wilson terá mais um mês para destinar valores relativos ao dano moral individual às vítimas.

A ação contou ainda com a participação das Polícias Federal e Militar. O Conselho Tutelar de Rio Negrinho (SC) foi acionado e compareceu para retirar os jovens com menos de 18 anos e entregá-los às suas famílias. O Ministério Público Estadual (MPE) deverá tomar outras providências adicionais cabíveis com relação ao quadro de trabalho infantil.

Fonte: Reporter Brasil



Agora segue-se uma retirada hoje do Jornal do Brasil, trata-se de uma denúncia com relação a brechas presentes em nossa legislatura.



Falhas na lei permitem que Estado contrate empresas denunciadas por escravidão
Agência BrasilRoberta Lopes
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A legislação brasileira ainda tem brechas que permitem que empresas inscritas na lista suja do trabalho escravo participem de licitações e fechem contratos com a administração pública. Segundo o secretário-executivo do Conselho Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), José Guerra, o que está funcionando são as resoluções do Conselho Monetário Nacional (CNM).

“O que temos é o parecer do CMN que proíbe todas as entidades financeiras de emprestar a essas empresas que estão na lista suja. Temos ainda o pacto empresarial, gerido pela OIT [Organização Mundial do Trabalho], Instituto Ethos e a ONG [organização não governamental] Repórter Brasil. Esse pacto tem mais de 150 empresas que se comprometem a não fazer negócios com quem está na lista suja e elas cumprem isso”, disse.

Ele citou como exemplo o caso das empresas que deixaram de comprar álcool e açúcar da Usina Gameleira, que entrou para a lista suja.

O presidente da Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, reconhece que a lista suja do trabalho escravo é o principal instrumento de combate à exploração do trabalho análogo à escravidão, reforçada com iniciativas do Poder Público, como as resoluções do CMN. Apesar disso, ainda há lacunas em relação a contratos com a administração pública. A Lei 8.666/96, que regulamenta as licitações, não traz referência a empresas ou pessoas físicas denunciadas por manter trabalhadores escravos.

“A brecha não é só na questão do trabalho escravo. A Lei de Licitações deveria considerar impactos sociais, ambientais, trabalhistas e fundiários nas comunidades tradicionais, mas não considera isso. Na prática, considera preço e qualidade. A Lei de Licitações precisa ser reformada”, afirmou Sakamoto.

Ele disse que os estados do Tocantis e Maranhão aprovaram leis para proibir a administração pública de fazer negócios com quem está na lista suja, mas ainda falta a regulamentação dessas leis.

Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que faz alterações na Lei de Licitações, entre elas, a que veda a Administração Pública Federal de firmar contratos com empresas denunciadas por prática de trabalho escravo. O projeto está na Mesa Diretora da Camara dos Deputados.



Agora, segue-se um texto extraído do Brasil escola, nele é e feita uma breve abordagem em aspecto global sobre o tema, e também nos revela medidas tomadas por nossas autoridades contra esse flágelo social.



Nas letras da lei, a escravidão está extinta, porém em muitos países, principalmente onde a democracia é frágil, há alguns tipos de escravidão, em que mulheres e meninas são capturadas para serem escravas domésticas ou ajudantes para diversos trabalhos. Há ainda o tráfico de mulheres para prostituição forçada, principalmente em regiões pobres da Rússia, Filipinas e Tailândia, dentre outros países.

A expressão escravidão moderna possui sentido metafórico, pois não se trata mais de compra ou venda de pessoas. No entanto, os meios de comunicação em geral utilizam a expressão para designar aquelas relações de trabalho nas quais as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológica ou outras formas de intimidações. Muitas dessas formas de trabalho são acobertadas pela expressão trabalhos forçados, embora quase sempre impliquem o uso de violência.

Atualmente, há diversos acordos e tratados internacionais que abordam a questão do trabalho escravo, como as convenções internacionais de 1926 e a de 1956, que proíbem a servidão por dívida. No Brasil, foi somente em 1966 que essas convenções entraram em vigor e foram incorporadas à legislação nacional. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) trata do tema nas convenções número 29, de 1930, e 105, de 1957. Há também a declaração de Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho e seu Seguimento, de 1998.

De acordo com o relatório da OIT de 2001, o trabalho forçado no mundo tem duas características em comum: o uso da coação e a negação da liberdade. No Brasil, o trabalho escravo resulta da soma do trabalho degradante com a privação de liberdade. Além de o trabalhador ficar atrelado a uma dívida, tem seus documentos retidos e, nas áreas rurais, normalmente fica em local geograficamente isolado. Nota-se que o conceito de trabalho escravo é universal e todo mundo sabe o que é escravidão.

Vale lembrar que o trabalho escravo não existe somente no meio rural, ocorre também nas áreas urbanas, nas cidades, porém em menor intensidade. O trabalho escravo urbano é de outra natureza. No Brasil, os principais casos de escravidão urbana ocorrem na região metropolitana de São Paulo, onde os imigrantes ilegais são predominantemente latino-americanos, sobretudo os bolivianos e mais recentemente os asiáticos, que trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, geralmente em oficinas de costura. A solução para essa situação é a regularização desses imigrantes e do seu trabalho.

A escravidão no Brasil foi extinta oficialmente em 13 de maio de 1888. Todavia, em 1995 o governo brasileiro admitiu a existência de condições de trabalho análogas à escravidão. A erradicação do trabalho escravo passa pelo cumprimento das leis existentes, porém isso não tem sido suficiente para acabar com esse flagelo social. Mesmo com aplicações de multas, corte de crédito rural ao agropecuarista infrator ou de apreensões das mercadorias nas oficinas de costura, utilizar o trabalho escravo é, pasmem, um bom negócio para muitos fazendeiros e empresários porque barateia os custos da mão de obra. Quando flagrados, os infratores pagam os direitos trabalhistas que haviam sonegado aos trabalhadores e nada mais acontece.

De modo geral, o trabalho escravo só tem a prejudicar a imagem do Brasil no exterior, sendo que as restrições comerciais são severas caso o país continue a utilizar de mão de obra análoga à escravidão. Como é público e notório que o Brasil usa trabalho escravo, sua erradicação é urgente, sobretudo para os trabalhadores, mas também para um bom relacionamento comercial internacional.

Criada em agosto de 2003, a Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), órgão vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, tem a função de monitorar a execução do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. Lançado em março de 2003, o Plano contém 76 ações, cuja responsabilidade de execução é compartilhada por órgãos do Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, entidades da sociedade civil e organismos internacionais.

Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Sociologia - Brasil Escola




E por fim, um texto com números da OIT (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO), que apesar de tudo, aponta o Brasil como exemplo no combate ao trabalho escravo. Que isso sirva de estímulo para que nossas autoridades continuem no rumo certo, e venham a erradicar essa covardia da realidade brasileira.




OIT DIVULGA NÚMEROS SOBRE TRABALHO ESCRAVO.

O Brasil foi apontado como exemplo no combate ao trabalho escravo no relatório “Uma Aliança Global contra o Trabalho Escravo”, divulgado na quarta-feira (11) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Brasília e em Genebra. O documento destaca o trabalho de libertação e pagamento de indenizações aos trabalhadores que estavam em condições semelhantes à escravidão e a divulgação da lista suja como importantes instrumentos para coibir a prática no país.


Apesar dos esforços contra o trabalho escravo, o Brasil ainda tem 25 mil trabalhadores nessas condições, em todo o mundo são cerca de 12 milhões de pessoas. A pretensão do governo federal, conforme o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em março de 2003, é acabar com o problema até o final do governo. O secretário de assalariados e assalariadas rurais da CONTAG, Antônio Lucas Filho, avalia que a meta é possível, desde que governo e sociedade trabalhem juntos. Na opinião dele, com a aprovação da PEC do trabalho escravo, que está em discussão na Câmara dos Deputados, o combate a esse tipo de exploração será acelerado. “Diminuir a impunidade é a peça chave para acabar com esse tipo de prática”, avalia.

Os grandes desafios para a erradicação do trabalho escravo, segundo Antônio Lucas, são diminuir as desigualdades sociais e a má distribuição de renda. “Muitas vezes o trabalhador liberto volta a ser escravo por falta de oportunidades de emprego e de sobrevivência”, conta. Ele assegura que a reforma agrária é uma alternativa para evitar a escravização de trabalhadores.

http://www.rel-uita.org/laboral/oit-travalho-escravo.htm
Agência CONTAG de Notícias


QUE CONTINUEMOS LUTANDO POR UM BRASIL JUSTO E IGUALITÁRIO, POR UM BRASIL PARA TODOS.