quinta-feira, 28 de abril de 2011

O sacrifício

Fátima An-Najar é uma daquelas avós que carregam toda a dor e o sofrimento da humanidade. Seu nome evoca a filha do profeta Muhammad (Maomé) e o sobrenome a profissão de José, pai de Jesus.

Aos 67 anos de idade despediu-se do mundo explodindo o corpo em protesto contra a ocupação israelense.

Para a mídia foi apenas mais um número a contabilizar; para os palestinos mais uma mártir que partia. Antes dela, os israelenses haviam assassinado seu marido, dois filhos e um dia antes de sua morte, um neto de 17 anos.

O martírio de Fátima foi a culminância de um mês de massacres contra seu povo pelas tropas sionistas. Primeiro o assassinato frio e cruel de 18 mulheres e crianças em suas casas enquanto dormiam. A isso, a mídia ocidental denominou “incidente”. As vítimas não tinham nome, não tinham rosto, não tinham sonhos. Eram apenas números.

E em “outro incidente”, de acordo com a mídia ocidental, suas tropas dispararam contra 50 mulheres palestinas que tentavam proteger 60 refugiados em uma mesquita. Vejam que comportamento mais imoral dessa mídia. Para não criticar os carrascos israelenses, justificam o massacre acusando as 50 mulheres de servir de escudo para proteger 60 “militantes”. Vocês repararam nos números? 50 mulheres e 60 refugiados numa mesquita.

Não falam em 60 mães desesperadas tentando salvar os filhos.

Isso me lembra o jornalismo praticado na época da ditadura. Torturava-se até a morte e depois alegava-se suicídio ou atropelamento... Com o beneplácito dessa mesma mídia. Pergunto: alguma coisa mudou?

Fátima An-Najar, 67 anos, mãe, avó, palestina.
Fátima An-Najar, 67 anos, sacrificou-se em nome da humanidade!


Retirei o triste episódio acima do blog do bourdoukan. Então, resolvi fazer tal publicação para que, talvez, ajude algumas pessoas a pensarem melhor quando estiverem lendo, ouvindo, ou vendo alguma notícia relacionada a questão Israel/Palestina. Falo isso pelo fato de que essa semana recebemos a notícia sobre a conciliação entre os dois principais movimentos palestinos: o comprovadamente corrupto(é bom que se diga) FATAH, e o HAMAS, que diferente daquilo que é propagado pela grande mídia, NÃO É UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA, e sim, UM PARTIDO POLÍTICO, que aliás, conquistou o direito de governar nas urnas(é bom que se diga). Uma outra coisa que deve ficar claro sobre o HAMAS, é que este, ao contrário daquilo que se é propagado, JÁ SE COLOCOU EM CONDIÇÕES DE CONVIVER COM A EXISTÊNCIA DE ISRAEL, desde que com as fronteiras de 1967, antes da guerra, bem como 140 países já se mostraram a favor de reconhecer o estado palestino, aliás, a proposta do HAMAS, assim como a iraniana, é que tal decisão seja tomada em um plebíscito, onde a população(árabe e israelense) de toda a região envolvida, venha a decidir. Enfim, fiz essas colocações para que ninguém se permita cair no embuste propagado pelo monopólio da grande mídia, cúmplice do sionismo genocida. Recebi a notícia de reconciliação dos grupos palestinos com entusiasmo, porém, também com certa temerosidade, uma vez que ISRAEL AMEAÇOU claramente, do alto de sua arrogância, POR SUA MÁQUINA DE GUERRA EM AÇÃO, porém, tal atitude, passou em branco aos olhos da dita comunidade internacional. A reação dos sionistas de Israel, assim como a das grandes potências, mediante a PAZ ENTRE PALESTINOS, mostrou claramente quem não quer a paz na região. Não podemos aceitar que mais uma vez o estado judeu venha a cometer suas atrocidades livremente, e devemos nos atentar ao fato de que o lado árabe não tem mais o que ceder, e sempre busca soluções, meladas pelos sionistas e aliados. A OCUPAÇÃO israelense, e toda sua arrogância, não pode gerar outra coisa, senão, mais casos como o do triste episódio no início do post. O SACRIFÍCIO é uma constante na vida palestina, foi presente israelense.E por fim, reitero que É MENTIRA essa história de que o HAMAS não aceita uma eventual convivência com o ILEGÍTIMO estado judeu.

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